sábado, 22 de dezembro de 2012

PRT Manuel Serifo Nhamajo recebe em audiência o Comissário da UEMOA


PRT Manuel Serifo Nhamajo recebe em audiência o Comissário da UEMOA para o Desenvolvimento Agrícola e Meio Ambiente, Ibraima Diémé
Bissau (Gabinete de Imprensa da Presidência da República, 19 de Dezembro de 2012) – “Foi uma visita de cortesia, mas também serviu para informar o Presidente da República sobre o desenvolvimento dos Projectos financiados pela UEMOA na Guiné-Bissau, cujas convenções foram assinadas recentemente”.
Assim revelou à imprensa, o Comissário para o Desenvolvimento Agrícola e Meio Ambiente, à saída da audiência que manteve esta quarta-feira, 19 de Dezembro de 2012, com o PRT Manuel Serifo Nhamajo.
Segundo o Comissário Ibraima Diémé, “são projectos vários, o primeiro dos quais é virado à recuperação de bolanhas, num valor de 3 biliões e 600 milhões de Fcfas, o segundo tem a ver com a implementação da segunda fase do projecto hidráulico, para a construção de 100 furos de água suplementares, num montante de cerca de 1 bilião e 57 milhões de Fcfas”.
Numa lista longa de projectos financiados pela UEMOA na Guiné-Bissau nos últimos tempos, o Comissário destaca ainda a convenção de luta contra as moscas de frutas no montante de 50milhões de Fcfas, a convenção sobre as sementes seleccionadas orçada em 62 milhões de Fcfas. Ibraima Diémé salientou ainda as convenções assinadas entre as autoridades da Guiné-Bissau e a UEMOA, viradas para o desenvolvimento da pecuária, nomeadamente na luta contra o carbúnculo e doenças das aves que, engloba um pacote monetário de 240 milhões de Fcfas .
Por fim, Ibraima Diémé falou da última convenção de financiamentos que se trata do tratamento das rias do sul do país, que aponta para uma soma total de 1 bilião e 600 milhões de Fcfas.
Como não podia ser de outra forma, disse o guineense Comissário da UEMOA para o desenvolvimento da agricultura e ambiente, “o PRT mostrou-se bastante satisfeito com o que ouviu e, recomendou maior rigor na gestão destes fundos e um seguimento eficiente”.

Crescimento económico este ano será menos que o previsto


Dr. Abubacar Demba Dahaba, Ministro das Finanças
Bissau (AngolaPress, 20 de Dezembro de 2012) -  O ministro das Finanças guineense anunciou hoje (quinta-feira) que o crescimento económico do país terá que ser revisto em baixa, devendo situar-se entre 2,2 ou 2,3 porcento e não nos 4,5 porcento inicialmente previstos no início do ano.
Abubacar Demba Dahaba, que procedia ao balanço de oito meses do exercício do Governo de transição, admitiu que a situação política que o país viveu desde o golpe de Estado de Abril e a quebra da exportação da castanha de caju (principal produto de exportação do país) motivaram a revisão em baixa do crescimento económico.
“Grande contribuinte para o crescimento económico é a castanha de caju, dada a situação que a exportação conheceu, até agora estamos a exportar a castanha (…). Para 2013 estamos a apontar para um crescimento de 2,5 a 3 porcento, provavelmente”, afirmou o ministro das Finanças guineense.
Demba Dahaba disse, no entanto, que o crescimento económico para o próximo ano depende da estabilidade política.
“Se a situação sociopolítica permitir e se todas essas negociações que estão em curso conseguirem manter a estabilidade, penso que o crescimento económico de 2013 pode ser promissor”, frisou o governante.
Para já, Demba Dahaba disse que o Governo de transição não tem tido dificuldades de maior, já que consegue pagar os salários e honrar os compromissos do Estado através de receitas internas e ajudas da Nigéria e organizações sub-regionais africanas.
Nessa perspectiva, Demba Dahaba afirmou ter promessas da Nigéria, CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e UEMOA (União Económica e Monetária da África Ocidental) para uma ajuda orçamental de 10 milhões de dólares (7,5 milhões de euros).GBISSAU

PRT Manuel Serifo Nhamajo reúne-se com a delegação conjunta da Comunidade Internacional de visita ao país


PRT cumprimenta a delegação da comunidade internacional
Bissau (Gabinete de Imprensa da Presidência da República, 20 de Dezembro de 2012) – A delegação conjunta da Comunidade Internacional constituída pelas Nações Unidas, União Europeia, CPLP, União Africana e CEDEAO, manteve um encontro de trabalho esta quinta-feira, 20 de Dezembro de 2012, com o Presidente da República de Transição.
O encontro que só pecou pela tardia, permitiu ao Manuel Serifo Nhamajo exprimir-se pela primeira vez desde o golpe de estado de 12 de Abril passado, perante as delegações das organizações parceiras da Guiné-Bissau num mesmo palco, como este em Bissau.
O PRT aproveitou a ocasião e, fez uma resenha histórica dos conflitos armados e vários crimes que ocorreram no país, nomeadamente os assassinatos de figuras políticas e militares, casos que inegavelmente marcaram de forma negativa o desenvolvimento sócio, político e económico do país.
Neste sentido explicou o PRT que, “reafirmo a minha posição em relação às quaisquer iniciativas que apontam pela inversão do poder por via das armas, às quais sou e serei literalmente contra, pois os meus 18 anos passados como deputado da nação, fizeram de mim, um acérrimo defensor da legalidade”.
Na perspectiva de Manuel Serifo Nhamajo, “algumas das causas que poderão estar na origem de levantamentos militares cíclicos na Guiné-Bissau, terão a ver com o abandono das Forças Armadas à sua sorte, com casernas em ruínas e, os quartéis sem água potável e luz eléctrica, o que faz com que os nossos militares vivam em autentica miséria e, a isso podemos juntar a falta de uma orientação republicana ao nosso sistema de segurança. Pior que tudo isso é que, vivemos num país onde a justiça não funciona, o que leva a que, os cidadãos fazem-na com as próprias mãos”.
Manuel Serifo Nhamajo lançou, por outro lado, um apelo à delegação presente, no sentido de “os seus integrantes sensibilizarem as suas organizações, por forma a apoiarem o processo das reformas nos sectores da defesa e segurança e, ajudarem a organizar o processo eleitoral, de maneira a torná-lo o mais transparente e credível possíveis”.
No meio de um extenso improviso, o PRT revelou que, “propus a possibilidade de adoptarmos um pacto de regime, o que faria com que o partido que vier a ganhar as próximas eleições, governe com a participação de todas as forças vivas do país”.
A terminar, o PRT pediu que, “a comunidade internacional nos ajude a encontrar uma agenda de transição séria que, possa assim evitar conflitos no futuro”.
Sem menor dúvida, a exposição detalhada feita por Manuel Serifo Nhamajo ilustrou de maneira esclarecedora sobre a situação actual que o país atravessa. Elogiou os esforços da CEDEAO que, desde os primeiros momentos do golpe de estado de 12 de Abril, se colocou no terreno, facto que o ajudou a compreender melhor a verdadeira situação da Guiné-Bissau, o que lhe permitiu conduzir o processo do conflito, adaptando-o às realidades vigentes e, com isso, evitar mais derramamentos de sangue.
Neste quadro disse o PRT, “saúdo a iniciativa humanitária da CEDEAO que, logo depois do golpe de estado, conseguiu resgatar das prisões o ex-presidente da República interino, Raimundo Pereira e o ex-Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior”.
A reacção dos membros da delegação conjunta da comunidade internacional não se fez esperar, o seu porta-voz e o chefe da delegação mostrou-se satisfeito do que ouviu do Presidente Serifo Nhamajo.
El-Ghassim Wane, Director para a Paz e Segurança na União Africana disse que, “era importante ouvirmos os diferentes actores da Guiné-Bissau, mais do isso, é evidente e extremamente importante ouvir o Presidente da República e, isso permitiu-nos saber das suas perspectivas por isso, partirmos daqui com uma noção clara sobre os problemas da Guiné-Bissau, os quais transmitiremos fielmente junto das nossas respectivas organizações”.
Para terem uma ideia, “discutimos sobre a transição, sobre as reformas nos sectores da defesa e segurança e sobre as eleições enfim, discutimos sobre os diferentes processos que constituem desafios a curto, médio e a longo prazos com que a Guiné-Bissau é confrontada e, seguramente o país necessita de apoios da comunidade internacional para fazer face à esses desafios”.
Adiantou ainda El-Ghassim Wane, “seguimos com particular interesse o processo de transição em curso na Guiné-Bissau, a nossa presença aqui justifica isso mesmo, queremos melhor compreender a situação e ajustar de forma harmonizada, as acções quer da União Africana, da CEDEAO, da CPLP, das Nações Unidas e da União Europeia, para assim, enquanto parceiros da Guiné-Bissau, podermos ajudar este país a sair da crise”.
Antes, a delegação conjunta da comunidade internacional manteve encontros idênticos de auscultação, com o Parlamento, o Governo, o Estado Maior General das Forças Armadas, Partidos políticos com e sem assento parlamentar, as autoridades religiosas e tradicionais e a sociedade civil, tudo isso permitiu à delegação recolher informações pertinentes sobre a verdadeira situação da Guiné-Bissau que se caracteriza por uma absoluta normalidade.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Guiné-Bissau “não dispõe de recursos internos para organizar eleições”, Ministro das Finanças


Guiné-Bissau eleições
Bissau (Lusa, 20 de Dezembro de 2012) -  O ministro das Finanças do Governo de transição da Guiné-Bissau, Abubacar Demba Dahaba, afirmou ontem, quinta-feira, que o país não dispõe de recursos internos para organizar as próximas eleições gerais, mas que espera as ajudas da comunidade internacional.
Em entrevista coletiva a três órgãos de comunicação social, agência Lusa e dois órgãos locais, Demba Dahaba, que procedia ao balanço dos oito meses de exercício do Governo de transição, disse que “a Guiné-Bissau nunca organizou eleições apenas com os recursos internos” do país.
“É tradição. A Guiné-Bissau nunca organizou eleições apenas com os recursos internos, pelo que neste momento a única coisa a fazer é contactar os doadores, que, por tradição, financiam as eleições”, precisou Demba Dahaba.
O ministro das Finanças assinalou, no entanto, que o Governo de transição ainda não recebeu indicação de nenhum parceiro internacional para o financiamento das próximas eleições previstas para abril de 2013, mas que as próprias autoridades admitem que possam ser adiadas.
Demba Dahaba disse, contudo, que o Governo vai aproveitar a presença da missão conjunta da comunidade internacional que se encontra de visita ao país para apresentar preocupações sobre o financiamento das eleições gerais.GBISSAU

Missão de observadores internacionais na Guiné-Bissau reúne-se com chefias militares


Daba Naualna, porta-voz das Forças Armadas guineenses
Bissau (Lusa, 20 de Dezembro de 2012) -  A missão de observadores internacionais que se encontra na Guiné-Bissau reuniu-se ontem, quinta-feira,  com as chefias militares das quais ouviu garantias da submissão ao poder político.
A garantia “de submissão total” dos militares ao poder político foi dada pelo porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, coronel Daba Na Walna, quando falava aos jornalistas sobre o teor da conversa mantida entre as chefias militares e a missão conjunta internacional.
“Foram colocadas duas questões às Forças Armadas da Guiné-Bissau, sobre a reforma (do setor de Defesa e Segurança) e sobre a posição das Forças Armadas no processo político atual. Respondemos que as Forças Armadas da Guiné-Bissau são republicanas e submissas ao poder político do país”, afirmou Daba Na Walna.
“Em relação à reforma estamos prontos caso venha ser uma realidade. Estamos agora na dependência do poder político se esse conseguisse meios para que a reforma seja uma realidade, os militares estão prontos para reforma”, notou o porta-voz do exército guineense.
Daba Na Walna disse esperar que após a missão conjunta de observação internacional sobre a realidade guineense “a tensão irá desanuviar” no país.
“Acho que falando, dialogando nós nos entendemos. Acredito piamente que este encontro trará frutos”, disse ainda o porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses.
Antes de entrar para a reunião com as chefias militares, que acabou por durar cerca de hora e meia, a delegação internacional foi conduzida pelo próprio chefe das Forças Armadas guineenses, general António Indjai, a visitar as degradadas casernas que compõem o quartel do Estado-Maior.
Antes, a missão esteve reunida com o ministro da Defesa do Governo de transição, Celestino de Carvalho, com quem abordou o andamento do processo da reforma do setor militar.GBISSAU

Missão internacional prepara-se para deixar Bissau

Circulação de viaturas nas ruas de Bissau | Foto Arquivo
  • A missão conjunta internacional, é composta de diplomatas da União Africana, das Nações Unidas, da CPLP, da CEDEAO e da União Europeia.
Bissau (VOA, 21 de Dezembro de 2012) - Uma missão diplomática internacional está prestes a terminar a sua missão em Bissaupara avaliar a situação no país depois do golpe de estado de Abril passado.
É uma das missões diplomáticas que mais despertou atenção dos guineenses, porque para muitos, representa uma saída possível do actual e difícil momento por que passa a Guiné-Bissau.
Os encontros até aqui mantidos com os responsáveis governamentais, religiosos, tradicionais e da sociedade permitiram avaliar, numa primeira abordagem, porque faltam ainda alguns encontros, o real contexto que envolve o país e que, aliás, representa a preocupação da própria Comunidade Internacional e por isso está aqui.
Basta frisar, que os olhos de organizações internacionais e sub-regionais estão focalizados, de momento, para a Guiné-Bissau, sobretudo depois do golpe de estado de  12 de Abril passado.
Hoje, sexta-feira, a missão manteve encontros com o Presidente da República, Primeiro-ministro, Ministro do Interior, da Defesa e o Chefe de Estado-maior General das Forcas Armadas.
A missão conjunta internacional, é composta de diplomatas da União Africana, das Nações Unidas, da CLPP, CEDEAO e da União Europeia. Uma missão que termina hoje os seus trabalhos, devendo partir amanha. Mas, antes vai fazer uma avaliação à imprensa sobre o que constatou no terreno.GBISSAU

Governo de transição guineense considera "normal" fim de parceria comercial com EUA


Bissau, 21 dez (Lusa) -- As autoridades de transição guineenses consideram normal aão dos Estados Unidos de retirar a Guiné-Bissau e o Mali da sua lista de parceiros comerciais privilegiados, devido ao recuo na democracia após o golpe de Estado de abril passado.
A posição do Governo guineense foi transmitida à Agência Lusa por Fernando Vaz, ministro da Presidência do Conselho de Ministros e porta-voz do executivo de transição.
"É absolutamente normal em estados onde haja golpes de estado, em que haja alteração da ordem democrática, e foi o que aconteceu na Guiné e no Mali", disse Fernando Vaz, acrescentando que "os Estados Unidos, naturalmente, teriam que tomar esta posição", uma vez que "têm como principio não apoiar golpes de estado".EXPRESSO


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

PRT Manuel Serifo Nhamajo visita zona Industrial de Brá em Bissau



Bissau (Gabinete de Imprensa da Presidência da República, 18 de Dezembro de 2012) – O Presidente da República de Transição visitou esta terça-feira, 18 de Dezembro de 2012, as obras de construção daquilo que virá constituir o maior centro comercial da Guiné-Bissau.
Sem dúvida, uma gigantesca e inédita obra do género, ocupa uma área de 1500 metros quadrados onde estão a ser erguidos três andares, uma residência e uma mesquita. As obras custarão cerca de 6 milhões de Euros. Entram na sociedade alguns empresários portugueses, parceiros do empresário guineense Carambá Turé, conhecido no mundo de negócios por (CARTU).
Manuel Serifo Nhamajo disse no final da visita que, “é preciso incentivar iniciativas deste tipo e aplaudir os seus promotores pela coragem”. Depois de concluídas as obras, este futuro centro comercial irá empregar cerca de trezentas pessoas, o que para o PRT “será um alívio para as famílias guineenses, se levarmos em conta que, um trabalhador no nosso país por norma, dá de comer à várias pessoas”.
O administrador do grupo manifestou-se satisfeito pela visita efectuada pelo PRT e agradeceu por isso a Manuel Serifo Nhamajo pelo “apoio moral que nos tem dado desde nos primeiros momentos que apresentamos o nosso projecto que hoje está a tornar-se cada vez mais uma realidade”.
O projecto tem em vista a construção de outros centros comerciais nas regiões, nomeadamente nas cidades de Mansôa, Buba, Bafatá e Gabú.
Antes, Manuel Serifo Nhamajo passou pela antiga empresa “Nô Kumpu” de que era sócio desde 1979. As instalações ali existentes, passam agora para as mãos do Estado que conta transformá-las no aquartelamento das polícias de intervenção rápida (PIR) até aqui sem quartel próprio, pelo que, estão instaladas no Ministério do Interior.


Obama retira estatuto de parceiros ao Mali e à Guiné Bissau por recuos democráticos


Washington, 20 dez (Lusa) - O presidente norte-americano, Barack Obama, retirou hoje ao Mali e à Guiné-Bissau o estatuto de parceiros comerciais privilegiados, uma sanção contra o que considera serem recuos democráticos naqueles países africanos, anunciou a Casa Branca.
Obama optou por conceder o estatuto de parceiro ao Sudão do Sul, o mais jovem estado africano, no âmbito da revisão anual da lista do programa de crescimento e oportunidades para África, imposta por lei, e que tem em conta o estado das democracias africanas.
A versão atual da lista foi instaurada pelo Congresso americano em 2000 e estabelece um regime de cooperação económica e comercial com o continente africano até 2015, facilitando as exportações africanas para os Estados Unidos.EXPRESSO

Guiné-Bissau: 950 efetivos garantem a segurança na quadra festiva



Bissau - O Ministério do Interior, através do Comissariado Nacional da Polícia de Ordem Pública, vai colocar na rua 950 oficiais para garantirem a segurança nesta quadra festiva de Natal e Ano Novo.
Os referidos agentes destinam-se apenas a Bissau, sendo as outras regiões asseguradas pelos respectivos comissariados do Sul, Norte e Leste.

Em conferência de imprensa a 19 de Dezembro, Armando Nhaga, Comissário Nacional da Polícia da Ordem Pública, anunciou que um Estado-maior já foi criado para este efeito para a prevenção e o asseguramento da quadra festiva de Natal e Ano Novo, do qual fazem parte a Polícia de Ordem Pública, a Polícia Judiciaria, a Guarda Nacional e o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros, distribuídos em 8 Comandos Operacionais nos diferentes bairros do Sector Autónomo de Bissau.

A par desta operação, as empresas de segurança privadas foram igualmente envolvidas, cujos responsáveis estiveram reunidos esta quarta-feira, 19 de Dezembro, com o Comissário Nacional da
Polícia de Ordem Pública, tendo como objetivo do encontro a participação activa destas empresas.

De acordo com Armando Nhaga, esta operação vai terminar a 5 de Janeiro, sendo garantida aos habitantes da capital uma maior segurança no período das festas.

«Qualquer pessoa que realize festas em qualquer lugar poderá comunicar às autoridades para colocarmos os nossos agentes no local», referiu o Comissário Nacional da Polícia da Ordem Pública.

Por outro lado, Armando Nhaga anunciou que, até ao final da semana, a sua direcção vai colocar à disposição da população uma «linha verde» para efeitos de denúncias de casos de agressão, violência ou assaltos. PNN.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Embaixador dos Estados Unidos da America descarta intervenção militar na Guiné-Bissau


Guiné-Bissau


O embaixador dos Estados Unidos da América para a Guiné-Bissau, Lewis Lukens, disse hoje (terça-feira) que não existe solução militar para o problema do país e afirmou ainda ser uma evidência o contínuo tráfico de droga, noticia a LUSA.

Em conferência de imprensa no escritório onde funciona a representação norte-americana em Bissau, já que a embaixada foi transferida para Dakar, capital do Senegal desde a guerra civil de 1998/99, Lewis Lukens fez uma "radiografia" completa da situação da Guiné-Bissau sobretudo a partir do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.

O embaixador americano, que visita Bissau pela terceira vez desde que está no cargo, disse saudar os esforços em curso no país, nomeadamente o trabalho do Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, e a recente retoma das sessões no parlamento.

"Não existe solução militar para os problemas da Guiné-Bissau. Só se pode chegar à estabilização através do processo de transição consensual, inclusivo e nacionalmente apropriado com base no diálogo genuíno, posto em prática pela Resolução 2048 (das Nações Unidas) e posto em prática pela CEDEAO" (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), notou Lewis Lukens.

Quanto ao tráfico de estupefacientes na Guiné-Bissau, o embaixador dos Estados Unidos diz que existem provas que apontam para o envolvimento de dirigentes civis e militares no negócio.
"É uma evidência o contínuo envolvimento de alguns líderes civis e militares no tráfico de estupefacientes. O Governo dos Estados Unidos apela a todos os oficiais a cessar essa atividade criminosa", afirmou Lukens, sem contudo citar nomes.

Questionado sobre se o seu Governo reconhece as autoridades de transição, o diplomata americana frisou que, por norma, os Estados Unidos não apoiam governos saídos de golpes de Estado, mas mesmo assim encoraja os esforços da CEDEAO, a única organização internacional que aceita as autoridades saídas da intentona.
Para o Governo americano "é fundamental que as autoridades de facto em Bissau" trabalhem para levar o país a realizar eleições "livres e credíveis", brevemente, e a partir daí voltar a merecer a confiança dos Estados Unidos.

O embaixador Lukens sublinhou também que o seu Governo está preocupado com "relatos de violações de direitos humanos", pelo que apela à liderança do país a demonstrar "o seu compromisso pela defesa das obrigações internacionais" nessa matéria.
-- Angop

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Guiné-Bissau: Missão da Comunidade Internacional reúne com Governo de transição



Bissau - O Chefe da Missão da Comunidade Internacional esteve reunido esta terça-feira, 18 de Dezembro, com o Governo de transição, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Faustino Imbali.
À saída do encontro, El Ghassim Wane, diretor da Paz e Segurança da União Africana e chefe da delegação da comunidade internacional, disse à PNN que a missão visa reunir o ministro dos Negócios Estrangeiros, as associações, a sociedade civil e os partidos políticos.

O responsável revelou que os trabalhos vão desenvolver-se com base nos factos apurados no terreno, a fim de se poder analisar e elaborar propostas sobre a situação.

El Ghassim Wane recordou que a Guiné-Bissau enfrenta vários problemas, desafio que já conheceu alguma evolução tendo em conta que a comunidade, enquanto parceiro da Guiné-Bissau, deve trabalhar em comum.

A ocasião serviu para Faustino Imbali desmentir o seu colega, membro do Governo, que afirmou que não seriam concedidos vistos de entrada no país aos elementos da delegação provenientes dos países da CPLP.

«Não houve nenhum problema e não haverá. Não sei porque haveria problemas, dado que esta é uma missão exploratória ao país, que no final poderá deixar algumas recomendações desejáveis», referiu Faustino Imbali.

«Temos muitas expectativas com a comunidade Internacional. Muitas das vezes as informações não correspondem à verdade. Para nós, este encontro pode ajudar a compreender o que se passa no terreno», concluiu o ministro dos Negócios Estrangeiro.

Este encontro deveria ter tido início a 17 de Dezembro mas foi adiado devido à ausência da delegação da CEDEAO.

Relativamente ao programa dos trabalhos, o grupo tem agendado para esta terça-feira, 18 de Dezembro, um encontro com os partidos políticos e os representantes da comunicação social.PNN

Cartográfos prometem reter dados se até final desta semana o governo não pagar dívida



Bandeira da Guiné-Bissau
Bissau (Rádio Sol Mansi-RSM, 17 de Dezembro de 2012) - os agentes cartógrafos prometeram, segunda-feira, reter todos os dados cartográficos em sua posse, se até final desta semana, o governo não proceder ao pagamento da sua dívida.
Em conferência de imprensa, o porta-voz dos cartógrafos, Amadú Djaló, disse que o governo poderá ser tido como responsável pelas eventuais consequências, caso não cumpra com as suas obrigações.
“A cartografia de que tem sido veículada por alguns órgãos de comunicação social, alegando que a mesma já está pronta, não está nada pronta. Porque, neste momento, nós retemos o produto final, embora o trabalho no terreno tenha chegado ao fim”, informou.
“Por isso, dissemos, se nada fôr pago até o final desta semana ou mais tardar até fim deste mês, qualquer coisa que vier a acontecer a esse trabalho feito, será de inteira responsabilidade daquele a quem compete pagar. Nós não assumiremos nada”, advertiu Amadú Djaló.
Este trabalho de registo cartográfico tem estado a decorrer no país há cerca de três anos.GBISSAU

“PRS está em condições de ganhar as eleições gerais previstas para o próximo ano” – Kumba Ialá



Kumba Ialá , ex-líder do PRS
Bissau (Rádio Difusão Nacional-RDN, 17 de Dezembro de 2012) – O ex-líder do PRS , Kumba Ialá, disse domingo, que o seu partido já está em condições de ganhar as eleições gerais previstas em princípio para o próximo ano.
Kumba Ialá acredita ainda que será vencedor das próximas eleições presidenciais.  Mas, como é sabido, ainda não há candidatos formais às próximas eleições e nem se sabe se Kumba Ialá será a escolha do PRS. Na mesma linha, adiantou que não sera ele a escolher a sua pessoa “porque não sou oportunista não senhor, e não quero também aproveitar-se da política para outras coisas. Quero e adoro a cultura humanitária e humanista”.
Este ex-líder do PRS dirigindo-se aos militantes do seu partido, cujo novo líder eleito é o Alberto Nambeia, definiu o seu objective: “fazer com que o PRS ganhe duas a três eleições legislativas positivas”.  E Kumba Ialá afirma estarem em “condições para tal”, tendo assegurado não ter adversários nas próximas eleições legislativas e presidenciais.GBISSAU

Eleição de presidente da CNE motiva reunião de seis horas na Presidência da Guiné-Bissau



Rui Nené, novo Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE)
Bissau (Lusa, 17 de Dezembro de 2012) – A eleição de Rui Nené para presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau foi hoje um dos assuntos abordados na reunião de seis horas entre o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, e forças políticas e militares do país.
À saída do encontro, que juntou na Presidência da Republica os partidos signatários do Pacto de Transição (uma espécie de miniconstituição adotada desde o golpe de Estado de 12 de abril), o Governo, o Parlamento, o Presidente e as chefias militares, um porta-voz da presidência, Henrique Silva, confirmou que a eleição de Rui Nené para a presidência da CNE foi um dos temas abordados mas que “não mereceu grandes divergências”.
“Não há divergência sobre esse ponto. O presidente da CNE foi nomeado pelo parlamento. É um assunto que já está ultrapassado. No Pacto de Transição política não está bem definido quem propõe o nome da figura para o presidente da CNE, por isso procedeu-se à eleição do novo presidente”, disse Henrique Silva.
Os partidos signatários do Pacto de Transição contestam a eleição pelo parlamento do juiz do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Rui Nené para o cargo de presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Na semana passada depositaram no STJ um pedido de impugnação da eleição de Rui Nené, afirmando ter-se tratado de uma decisão contrária ao espírito do Pacto de Transição.
Henrique Silva, que é também o conselheiro político e diplomático de Serifo Nhamadjo, disse que, se necessário, Rui Nené aceitaria “facilitar as coisas”.
“Caso haja divergência de fundo entre os partidos signatários do Pacto e o parlamento ele porá a água na fervura e tomará a decisão adequada para o bem de todos nós”, afirmou Henrique Silva, negando, contudo, que Rui Nené possa demitir-se.
“Ele ainda é presidente da CNE”, sublinhou, quando questionado pela agência Lusa sobre se Rui Nené poderá vir a abandonar o cargo, como exigem os partidos signatários do Pacto.
Os partidos que contestam a nomeação de Rui Nené alegam também que o juiz não pode ser presidente da CNE e ser ao mesmo tempo vice-presidente do STJ, embora o magistrado tenha dito que solicitou a suspensão de funções de juiz.
No mesmo dia em que foi eleito presidente da CNE, Rui Nené foi eleito vice-presidente do STJ pelos seus colegas juízes.LUSA

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Primeira mulher eleita para dirigir um clube de futebol na Guiné-Bissau


Maria Da Conceicao Evora
Bissau, 17 dez (Lusa) - A jornalista Maria da Conceição Évora será a primeira mulher a dirigir um clube de futebol na Guiné-Bissau, depois de ter sido eleita presidente do Atlético Clube de Bissorã, atual campeão do país.
Antiga jornalista da Radiodifusão Nacional, Conceição Évora, mais conhecida no país por São Évora, disse que este é "um desafio enorme".
"É um desafio enorme para mim, mas também uma responsabilidade porque serei o rosto das mulheres guineenses neste desafio de liderar um clube de futebol", afirmou Conceição Évora, de 48 anos, eleita no domingo.LUSA

Banco Mundial retoma cooperação com Guiné-Bissau


Banco Mundial retoma cooperação com Guiné-Bissau

O Banco Mundial vai retomar a cooperação com a Guiné-Bissau, continuando o apoio a projetos sociais que já estavam em curso, anunciou hoje em Bissau a diretora de operações da instituição para o país, Vera Songwe.


Após uma reunião com o primeiro-ministro de transição, a responsável lembrou aos jornalistas que o Banco Mundial tinha parado os apoios à Guiné-Bissau na sequência do golpe de Estado de 12 de abril.
"Constatámos que havia muitos programas no país que são programas sociais e decidimos recomeçar o nosso envolvimento. Não são novos projetos mas sim continuar os que já existem e que envolvem cerca de 18 milhões de dólares" (13,6 milhões de euros), disse Vera Songwe.
A responsável, que justificou a decisão com a difícil conjuntura internacional e a vontade de o Banco Mundial estar ao lado da população guineense, explicou que se tratam de projetos em áreas como a biodiversidade, a pesca, e infraestruturas ligadas à Saúde e à Educação.
O ministro da Economia, José Biai, destacou aos jornalistas os benefícios diretos para a população decorrentes do apoio do Banco Mundial, em áreas como o abastecimento de água potável, Educação, Saúde e Agricultura.
"Para o governo de transição a retoma do desembolso de projetos em curso não deixa de ser importante na retoma da cooperação com os parceiros de desenvolvimento em geral e com o Banco Mundial em particular", disse José Biai.
Diário Digital com Lusa

Guiné-Bissau: CEDEAO condiciona missão conjunta da Comunidade Internacional


Bissau - A Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO), condicionou, esta segunda-feira, 17 de Dezembro, o início dos trabalhos da missão conjunta da comunidade internacional para a Guiné-Bissau.
A medida está relacionada com a não chegada ao país da delegação da CEDEAO para este encontro, cujos primeiros trabalhos foram adiados para esta terça-feira, 18 de Dezembro.

A missão da CEDEAO é composta por três elementos, nomeadamente Abdel Fatu Mussa, Director de Assuntos Políticos, Mr. Campaora, Conselheiro de Segurança do Presidente da Comissão da CEDEAO, e Kehinde Bolaji, Oficial de Programas da Direção de Assuntos Políticos da organização sub-regional. A equipa não conseguiu ainda viajar para Bissau, onde já se encontram todas as outras delegações.

A missão da comunidade internacional tinha agendado para 17 de Dezembro um encontro com o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de transição, reuniões com parceiros internacionais, com o embaixador da União Europeia (UE) e representantes de países da UE, bem como encontros com as agências especializadas e instituições financeiras para a Guiné-Bissau.

A reunião com o embaixador da CEDEAO na Guiné-Bissau, Anssumana Sisse, e com os embaixadores dos países membros da CEDEAO, do Movimento nacional de Sociedade Civil e da Liga Guineense dos Direitos Humanos, fazem parte da agenda de trabalho que deveria ser iniciada esta segunda-feira mas foi protelada devido à ausência da delegação da CEDEAO.

A presença da comunidade internacional na Guiné-Bissau tem como um dos objectivos dar início à inclusão de todos no processo de crise guineense, despoletada com golpe de Estado de 12 de Abril.PNN

domingo, 16 de dezembro de 2012

Guiné-Bissau - missão internacional reunida em Bissau

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) integra uma missão internacional enviada a Bissau para, a partir de domingo e durante cinco dias, avaliar a situação no país, oito meses após um golpe de Estado que afastou o Governo eleito. É a primeira vez que representantes da CPLP, que condena o golpe, estarão em diálogo directo com o poder instaurado pelos militares que, a 12 de Abril, derrubaram o Governo do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior. Mas isso não significa que tenha alterado a sua posição, disse o novo secretário executivo da comunidade lusófona, o moçambicano Murade Murargy, numa entrevista ao jornal Público.
"O que a CPLP quer é defender os interesses dos guineenses. Não queremos interferir no processo, queremos é que eles se entendam.” A missão internacional é coordenada pela União Africana e integra também senior officials (altos funcionários) da CPLP, da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) – que reconhece o poder instaurado após o golpe e tem uma força militar no país –, das Nações Unidas e da União Europeia. A possibilidade de envio da missão começou a ser discutida em Setembro, em Nova Iorque, durante a última Assembleia Geral das Nações Unidas, num encontro entre Murargy e a CEDEAO.
Depois de outros contactos e encontros, realizou-se uma reunião em Addis Abeba, onde os termos da missão e a data foram definidos. Chegou a estar previsto um encontro na capital da Etiópia entre delegações do Governo afastado pelos militares em Abril e representantes do poder pós-golpe, que acabaram por não comparecer.
O objectivo da visita dos próximos dias é “avaliar a situação de segurança e definir um calendário para restituir a Guiné-Bissau à estabilidade”, disse o secretário executivo. Estão previstos encontros com representantes do executivo de transição, comissão de eleições, procurador-geral, organizações internacionais que trabalham na Guiné-Bissau, embaixadores, partidos, militares e outras entidades guineenses.
O poder instaurado pelo golpe que derrubou o Governo de Gomes Júnior anunciou em Abril que seriam realizadas eleições após um período de um ano. Gomes Júnior venceu a primeira volta das eleições presidenciais deste ano. A segunda volta não chegou a realizar-se, devido ao golpe liderado pelo general António Indjai. O primeiro-ministro afastado vive actualmente em Portugal.RADIO VATICANO