sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Guiné-Bissau: Ibarima Sory Djalo eleito Presidente da ANP


Bissau - O Presidente em exercício da Assembleia Nacional Popular (ANP), Ibraima Sory Djalo, foi eleito para dirigir os destinos do parlamento guineense no próximo período de prorrogação de mandato dos deputados desta instituição.

A escolha de Ibarima Sory Djalo aconteceu esta sexta-feira, 23 de Novembro, no hemiciclo guineense, onde o lugar de 1.º vice-Presidente, foi confiado a Augusto Olivais e o de 2.º vice-Presidente foi atribuído a Isabel Buscardini.

Os outros lugares continuam a ser ocupados por João Seidi Ba Sane e Aurora Sano.

Foi esta a proposta ontem avançada pela bancada parlamentar do PAICG mas que tinha sido recusada pelo agora eleito Presidente da ANP.

Ibarima Sory Djalo pretende que estes lugares sejam ocupados por João Seidi Bá Sane, deputado do PAIGC, a ficar com o lugar de 1.º vice-Presidente da ANP e a deputada Aurora a ocupar o posto de 2.ª vice-Presidente do Parlamento guineense.

Ibraima Sory Djalo assumiu o lugar na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril.PNN

Guiné-Bissau: Cerca de três dezenas de guineenses deportados da Líbia



Bissau – As autoridades de transição líbias expatriaram cerca de trinta cidadãos de nacionalidade guineense, por se encontrarem a viver de forma ilegal no país.
O retorno destes cidadãos foi facilitado pela Organização Internacional de Migração (OIM), que fez chegar os conterrâneos via terrestre ao país, passando pelo Níger, Mali, Gâmbia e Ziguinchor.

Em declarações à PNN, Amadu Tidjane Embalo, porta-voz do grupo, disse que a maioria dos cidadãos foi surpreendida pelas autoridades policiais, que os colocaram de imediatos no centro de detenção, de onde foram encaminhados aos países de origem.

Amadu Tidjane Embalo disse que deixou Bissau há três meses e prevê emigrar para Itália, através das fronteiras Líbias.

O porta-voz informou ainda à PNN que seis dos seus colegas foram levados para local desconhecido há mais de trinta dias e há poucas informações acerca de como encontram.

Uma boa parte destes retornados são originários da região leste da Guiné-Bissau, concretamente de Gabu. De acordo com a fonte da Direção-geral da Migração e Fronteira todos vão ser entregues às suas famílias, cujo processo de identificação já está em curso nesta instituição.

A emigração ilegal é um acto frequente na Guiné-Bissau, tendo já provocado a morte de vários jovens que procuram, a todo custo, chegar à Europa em busca de melhores condições de vida.PNN

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Governo de transição da Guiné-Bissau pede para diplomatas apresentarem provas




Ministro da presidência e porta-voz do governo responde as acusações de "espionagem" feitas por diplomatas estrangeiros

O governo de transição da Guiné-Bissau disse hoje que 
os diplomatas estrangeiros no país devem apresentar provas de que estão a ser espiados pelos serviços de segurança de Estado.

O ministro da presidência e porta-voz do governo, Fernando Vaz disse a Voz da América que a denúncia ontem dos parceiros internacionais de que o seu governo está a vigiar diplomatas e propriedades da comunidade diplomática é estranha e só pode ter vindo de alguém que não goste do executivo.

"Em primeiro lugar quero lhe manifestar a minha estranheza sobre esse assunto. O governo não espia ninguém. Este governo tem como o desígnio principal trazer a paz, a estabilidade o regresso a ordem constitucional na Guiné. Isso deve se resumir a uma pessoa que eventualmente não estará com este governo de transição."

Quando questionado de havia motivos que forçassem o governo a espiar os diplomatas, o o ministro Fernando Vaz rejeitou a questão para depois apresentar uma das razões.

"Não. O único motivo foi o caso de 21 de Outubro em que um quartel foi assaltado e em que foi uma tentativa de golpe de Estado. Naturalmente que nós reforçamos a segurança. Mas em relação as embaixadas continuamos com aquilo que é a segurança normal. Mas eu quero dizer que é fácil acusar sem provas, e os senhores embaixadores que fazem essa acusação que a provem."

No que toca a garantias futuras de que jamais haveria situações de vigilancias de diplomatas o ministro da presidência e porta-voz do governo guineense adiantou que, essas situações jamais aconteceram e não é do conhecimento do seu executivo.

Para o governante guineense a segurança que os diplomatas tiveram no passado vão continuar a tê-la no futuro, aliás como foi o caso no passado.

"Como sabe a Guiné-Bissau é um país pacífico onde o índice de criminalidade é de zero virgula não sei quantos por cento e onde ninguém se sente ameaçado", rematou o ministro Fernando Vaz.VOA

Guiné-Bissau: Sory Djalo recusa proposta da bancada parlamentar do PAIGC


Bissau – O Presidente em exercício na Assembleia Nacional Popular, Ibraima Sory Djalo, recusou a proposta da bancada do PAIGC, esta quinta-feira, 22 de Novembro, sobre o preenchimento de vagas na mesa da ANP.
A moção propõe Augusto Olivais para Presidente da mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP) e Isabel Buscardine para vice-Presidente do mesmo órgão.

Em resposta, Sory Djalo, que assumiu o lugar depois de golpe de Estado de 12 de Abril, afirmou que o assunto não vai ser discutido.

Segundo informações apuradas pela PNN, Sory Djaló pretende que os lugares em causa se destinem ao deputado do PAIGC, João Seidi Bá Sane, para 1.º vice-Presidente da ANP, e à deputada Aurora, a ser distinguida 2.ª vice-Presidente do Parlamento guineense.

Em busca deste novo impasse na presente sessão da ANP, a bancada parlamentar do PAIGC abandonou a plenária para uma reunião de concertação.

A proposta recusada saiu da reunião do Comité Central do PAIGC, que teve lugar durante a noite de quarta-feira, 21 de Novembro, na sede do partido.PNN

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Tropas guineenses vão ao Mali sob comando senegalês



O governo da Guiné-Bissau confirmou hoje a Voz da América que tropas guineenses vão tomar parte na anunciada intervenção militar da CEDEAO no norte do Mali.

A garantia é do ministro da presidência e porta-voz do governo, Fernando Vaz, actualmente em visita de trabalho a Dacar.

Vaz disse que Guiné-Bissau fará parte dessa força internacional com um contingente de cem homens e sob o comando de um General do Senegal.

O ministro guineense desvalorizou as preocupações em torno do embargo internacional imposto as forças armadas do seu país tendo afirmado que esta medida afecta apenas alguns altos oficiais e dirigentes das forças armadas guineenses.

"O meu país não está sob nenhum embargo militar internacional. O que acontece é que existem algumas sanções que pendem sobre os oficiais dirigentes das nossas forças armadas e não são todos."

O ministro da presidência e porta-voz do governo de transição adiantou que o contexto actual em que se insere o país dá o reconhecimento ao país de poder agir no quadro da CEDEAO, região pela qual a Guiné-Bissau tem um espaço de manobra de circulação total.

"Portanto essa questão não se coloca perante esta situação que a CEDEAO nos propõe, e é quem está a pilotar o processo de transição política na Guiné-Bissau."

Quando questionado se não era necessário um mandato da Assembleia Nacional para participação numa missão de paz no estrangeiro e se o partido maioritário o PAIGC não iria bloquear esta missão militar no parlamento, Fernando Vaz respondeu afirmando que esta não era uma medida do governo, mas sim dos chefes Estados da região.

"Foi a cimeira dos chefes de Estados da CEDEAO que deicidiu... Portanto esta questão não será discutida e nem levada ao parlamento e penso que não haverá nenhum problema. E quero lhe dizer que a conjuntura [política na Guiné-Bissau] hoje é completamente diferente. Nós tivemos pela pela primeira vez deputados do PAIGC presentes na abertura da legislatura do 2013. Dos 100 deputados 96 estavam presentes de forma que a conjuntura que me refere ela hoje já não existe."VOA

Comissão congresso publicou lista definitiva


O presidente da comissão do IV congresso do PRS, Orlando Veigas publicou hoje a lista definitiva dos candidatos ao cargo do presidente e do secretário-geral do partido.
A divulgação da lista foi feita após a apreciação sobre a regularidade dos documentos e a legitimidade dos candidatos.
O IV congresso do PRS está agendado para os dias 11 a 14 de Dezembro.
Concorrem à liderança dos renovadores, Aladje Sonco, Alberto Nanbeia, Baltazar Lopes Cardoso, Koumba Iala Cobde Nhanca e Sola N´quilin Na Bitchita. E para as funções do secretário-geral do partido disputam Carlitos Barai, Florentino Mendes Pereira e Maximo Tenha Tchuda.R SOL MANSI

Guiné-Bissau: Deputados prorrogam Legislatura da ANP



Bissau – A proposta que o Partido Africano da Independência da
Guiné e Cabo Verde (PAIGC) apresentou junto da Assembleia Nacional Popular (ANP) foi aprovada esta terça-feira, 20 de Novembro, pelos parlamentares.
A moção incidiu sobre a revisão constitucional com a finalidade de prorrogação do mandato dos deputados da ANP.

A iniciativa tinha como objectivo prevenir o PAIGC da não subscrição da Carta de Transição Política, um instrumento jurídico adoptado pelos seus signatários, que legitimou o golpe de Estado de 12 de Abril.

Com este passo, o mandato dos atuais deputados vai ser alargado até à tomada de posse de novos parlamentares, a serem eleitos nas próximas Legislativas, ainda sem data marcada.

Em declarações à imprensa, Rui Dian de Sousa, líder da bancada do PAIGC, falou da importância do papel desempenhado pelos deputados da ANP.

Os elogios sobre aprovação deste pacote legislativo vieram também de líderes de outras bancadas parlamentares, nomeadamente do Partido da Renovação Social (PRS) e do líder da bancada de Aliança Democrática (AD).

Durante a sessão, que teve início a 15 de Novembro e terminará a 15 de Dezembro, os deputados vão discutir e votar a eleição do Presidente da Comissão Nacional de Eleições, de entre outras propostas.

A VIII Legislatura termina a 22 de Novembro.PNN

Parceiros internacionais preocupados com "vigilância" a diplomatas



Bissau - Os parceiros internacionais da Guiné-Bissau afirmaram-se hoje (quarta-feira) preocupados com a "vigilância por agentes de segurança do Estado" de "membros e propriedades da comunidade diplomática", sem contudo especificarem. 
     
Num comunicado divulgado em Bissau e assinado pelo representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, os parceiros afirmam-se também muito preocupados "com as contínuas e inaceitáveis violações de
direitos humanos". 
     
 "Os parceiros internacionais reiteram a sua forte preocupação com as contínuas e inaceitáveis violações de direitos humanos, incluindo uma execução sumária, sequestros e espancamentos, e ameaças diversas não especificadas", diz o comunicado, feito na sequência de uma reunião na semana passada, mas só agora divulgado. 
     
Na reunião, realizada na passada sexta-feira, os parceiros felicitaram a abertura da Assembleia Nacional Popular (sem funcionar desde o golpe de Estado de 12 de Abril mas que reabriu na quinta-feira), que consideraram "um passo importante para uma
participação política nacional e inclusiva".
     
Os parceiros "expressam a esperança de que os membros da Assembleia Nacional irão trabalhar em conjunto para uma execução bem-sucedida do programa definido para a sessão, incluindo o trabalho legislativo destinado a assegurar a preparação e realização de eleições livres e transparentes", diz o comunicado.
     
Os parceiros pedem às autoridades de transição para que garantam a prevenção das violações de direitos humanos e que conduzam investigações transparentes relativamente às violações, em conformidade com normas internacionais, "para que os criminosos sejam levados à justiça, e que lutem contra a impunidade recorrente na Guiné-Bissau". 
     
A Guiné-Bissau está a ser gerida por um Governo de transição na sequência de um golpe de Estado que a 12 de Abril depôs as autoridades legítimas.
     
O Governo de transição tem sido crítico em relação à postura do representante da ONU no país e já pediu a sua substituição. ANGOLAPRESS