quinta-feira, 14 de julho de 2011

Guiné-Bissau: Sociedade civil apela à moderação dos partidos

Sociedade civil apela á ponderação
O Movimento Nacional da Sociedade Civil da Guiné Bissau apelou aos partidos políticos para exercerem ponderação e evitarem a destabilização do país.
O apelo surge numa altura em que o cenário poltico esta ao rubro.

Primeiro-ministro da Guiné-Bissau diz que PAIGC está pronto para eleições antecipadas

Bissau, 14 jul (Lusa) -- O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, disse hoje que o seu partido está preparado para eleições antecipadas e desafiou os que o criticam a trabalharem e mostrarem do que são capazes.
"O poder é do povo, a democracia é assim", afirmou o chefe do executivo guineense, sugerindo que, se alguém está insatisfeito com a governação do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, no poder), o seu partido "está pronto" para eleições antecipadas.
Segundo Carlos Gomes Júnior, nesse cenário, "a resposta será dada nas urnas"

Chefe das Forças Armadas devia esclarecer assassínios ocorridos em 2009

 


Bissau - O deputado do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Roberto Cacheu, disse hoje (quinta-feira) que o chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau deve esclarecer o que sabe sobre assassínios ocorridos no país, em Junho de 2009.  

  "Penso que o general António Indjai tem a responsabilidade de limpar o nome das Forças Armadas. Tem que dizer claramente aquilo que sabe das mortes", afirmou o deputado, que falava enquanto porta-voz dos partidos da oposição que hoje realizaram uma manifestação em Bissau a pedir justiça e a demissão do Primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior.  

  Segundo Roberto Cacheu, o general António Indjai, chefe das Forças Armadas guineenses, "não está envolvido" nos acontecimentos registados em 2009. 

"Ele não está envolvido. Tanto assim que teve a acção do 01 de Abril e disse que se não fosse aquele levantamento talvez não teríamos hoje o Presidente Malam Bacai Sanhá e ele mesmo", afirmou Cacheu.  

  Em Março de 2009, o antigo Presidente Nino Vieira e o ex -chefe das Forças Armadas, general Tagmé Na Waié, foram mortos.  

  Em Junho do mesmo ano, foram assassinados os deputados Hélder Proença e Baciro Dabó por envolvimento num alegado golpe de Estado que o Ministério Público já considerou nunca ter existido.  

  Na altura, o deputado Roberto Cacheu e outras figuras da sociedade guineense foram acusados de alegado envolvimento na preparação do golpe de Estado. 

  O Ministério Público retirou também as acusações contra Roberto Cacheu e outras pessoas. 

Oposição marca nova marcha e promete mais manifestações




Bissau- Os dez partidos da oposição da Guiné-Bissau que hoje (quinta-feira)se manifestaram nas ruas de Bissau convocaram nova marcha para a próxima terça-feira e afirmaram que se vão manifestar "até que o Primeiro-ministro se demita ou seja demitido".  

  A promessa das manifestações de rua para exigir a demissão de Carlos Gomes Júnior foi vincada por Sori Djaló, presidente interino do Partido da Renovação Social (PRS), principal força política da oposição na
Guiné-Bissau. 

  "Vamos manifestar até que ele (Carlos Gomes Júnior) se retire do cargo. Só vamos parar no dia em que ouvirmos o decreto da sua exoneração. Já na terça-feira, avisem os que hoje não vierem, haverá uma nova marcha", disse Sori Djaló, num comício que assinalou o fim da manifestação de hoje (quinta –feira).  
 
    O presidente interino do PRS também dirigiu palavras de aviso ao chefe de Estado guineense.  

  "Se o Presidente da República não tomar a decisão que tem que tomar, ele mesmo será atacado por nós. Vamos concluir que o Presidente está em conluio com o primeiro-ministro. Carlos Gomes Júnior tem que sair para ir responder na justiça", sustentou Sori Djaló, embora tenha repetido várias vezes que não pretendia acusar ninguém de nada.  

  Falando da manifestação prevista para ter lugar na próxima terça-feira, o dirigente do PRS disse que ela "simbolizará a tomada de consciência dos cidadãos" e demonstração da "ausência do medo" já que, tal como a de hoje, será uma acção pacífica.  

  "Diziam que a marcha podia correr mal. Que podia haver confrontos ou tiros. Quem ousar atirar um tiro contra a nossa marcha vai comer essa arma. Nós estamos aqui na manifestação pacífica, é isso a cidadania em democracia", defendeu Sori Djaló. 
 

Guiné-Bissau: Marcha de protesto começou com algumas centenas de pessoas


Bissau, 14 jul (Lusa) -- A marcha para exigir a demissão do primeiro-ministro guineense e mais justiça já começou na capital da Guiné-Bissau e conta com a participação de algumas centenas de pessoas.
A manifestação está a ser acompanhada por um forte dispositivo de segurança com elementos da Polícia de Intervenção Rápida, munidos de bastões e gás lacrimogéneo, mas que não estão armados.
No protesto, que começou com cerca de uma hora de atraso, os manifestantes empunham cartazes com as fotografias dos dirigentes políticos assassinados em 2009, entre os quais o então Presidente.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Guiné-Bissau: PRS garante marcha pacífica

Guiné-Bissau: PAIGC desafia oposição para legislativas antecipada



Bissau – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) desafiou partidos políticos da oposição a convocarem eleições antecipadas.
Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro da Guiné-Bissau e presidente do PAIGC, presidiu a um comício popular realizado esta terça-feira, 11 de Julho, com o objectivo de assinalar o início das actividades comemorativas dos 55 anos da fundação do PAIGC, a ter lugar em Setembro.

O presidente do partido no poder disse que os seus adversários políticos estão apenas preocupados com a estabilidade macroeconómica, razão pela qual pretendem desestabilizar o país. «Se estão interessados em desafios estamos preparados para eleições antecipadas», referiu. Carlos Gomes Júnior convidou ainda os partidos da oposição a negociarem no sentido de ultrapassar as eventuais diferenças políticas.

Neste comício, Carlos Gomes Júnior evitou confrontos directos com as mais recentes críticas de que tem sido alvo nos últimos tempos relativamente ao conflito político-militar de 7 de Junho de 1998.

Carlos Gomes Júnior aproveitou a ocasião para anunciar que, dentro de uma semana, chegarão ao país dois navios de transporte de pessoas e cargas para a zona insular, assim como a compra de um avião com a bandeira da
Guiné-Bissau. Assinalou ainda que pretende baixar os preços de alguns bens essenciais.

Para terminar, o chefe do Governo e presidente do PAIGC, apelou ao diálogo entre os guineenses como forma de união rumo ao desenvolvimento.