quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Guiné-Bissau: José Mário Vaz apresentado ao Juiz de Instrução Criminal


Bissau - O ex-ministro das Finanças, José Mário Vaz, poderá ser apresentado, esta quinta-feira, 7 de Fevereiro, ao Juiz de Instrução Criminal (JIC) para efeitos de legalização da sua detenção.
Esta segunda fase do mediático processo «JOMAV» teve lugar a 6 de Fevereiro, quando o suspeito foi conduzido pelo Ministério
Público ao Gabinete do JIC, cerca das 18 horas, apesar de ter já terminado o tempo normal de expediente na administração pública guineense.

Em declarações à PNN, Octávio Lopes, advogado de defesa de JOMAV, disse que o seu constituinte está «bem e forte», assegurando desconhecer o conteúdo da decisão do Ministério Público.

Octávio Lopes deu conta do encaminhamento de José Mário Vaz ao
JIC, quando era do conhecimento geral que este não se encontrava ali. Por outro lado, o magistrado disse que JOMAV não foi levado ao JIC, mas sim ao Tribunal Regional de Bissau.

Aguarda-se para dia 7 de Fevereiro apresentação do antigo ministro ao Juiz de Instrução Criminal, já fora do prazo de detenção provisória.

José Mário Vaz foi detido esta segunda-feira, 4 de Fevereiro, na sua aldeia natal, em Caliquise, região de Cachéu, a norte da Guiné-Bissau, a mando do Ministério Público para responder sobre o molde como geriu o dinheiro do Tesouro Público no período em que desempenhou as funções do ministro das Finanças.

PNN

Guiné-Bissau: Liga dos Direitos Humanos quer investigar crimes políticos

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Representante da Guiné-Bissau quer relançar economia do país com China



Macau, China - O novo representante da Guiné-Bissau no Fórum Macau, Malan Camarâ, quer "potenciar" as relações da China com o seu país e aproveitar a plataforma da cidade "para relançar a economia" guineense, reporta hoje a Lusa.

 
"Queremos utilizar esta plataforma de Macau, de entrada na China, de saída da China para o espaço da lusofonia para relançarmos a nossa economia  e, na medida do possível, potencializar todas as oportunidades que este espaço proporciona", disse Malan
Camarâ, em declarações à agência Lusa.

 
O mesmo responsável recordou que há projectos estruturantes na Guiné-Bissau para os quais é necessário investimento e tem na carteira um conjunto de propostas a apresentar a empresários chineses e de Macau para que invistam no seu país e explorem o seu investimento.

 
"O porto de Buba, no sul do país, a ligação de fibra ótica com cabo submarino para saída internacional, o projecto do porto franco de Piquil, a norte de Bissau são alguns exemplos das oportunidades que iremos lançar à comunidade empresarial", explicou.

 
Ainda no campo económico e comercial, Malan Camarâ quer mais comércio bilateral com a China a quem Bissau compra quase tudo, como vestuário, alimentos, maquinaria e eletrodomésticos e que vende a Pequim basicamente carvão e castanha de caju.

 
"Queremos vender mais, vender outros produtos como o algodão", disse.

 
Além do comércio e do investimento, Malan Camarâ está em Macau com outro projecto, no âmbito cultural, pretendendo a geminação da cidade de Macau com Catió, na região de Tombali, para onde, em 1902, alguns macaenses foram enviados para cumprirem penas, tendo fundado a cidade, que transformaram numa região de produção de arroz.

 
Em 2012, e no âmbito do Fórum Macau, a Guiné-Bissau efectuou trocas comerciais com a China no valor de 22,5 milhões de dólares (16,57 milhões de euros), mais 18,88% do que em 2011.

 
A China vendeu a Bissau produtos no valor de 15,8 milhões de dólares (11,64 milhões de dólares), mais 7,15% e comprou produtos no valor de 6,64 milhões de dólares (4,89 milhões de euros), mais 61,09%.

Ministro da presidência do conselho de ministros e porta-voz do governo promove encontro com a imprensa nacional


Fernando Vaz, ministro da presidência do conselho de ministros, de assuntos parlamentares e porta-voz do governo
 O ministro da Presidência do Conselho de Ministros, da Comunicação Social e Porta-Voz do Governo, Fernando Vaz, promoveu terça-feira um encontro com a imprensa nacional, para fazer o balanço da sua deslocação a Portugal.

Fernando Vaz disse ter aproveitado a sua presença em Lisboa, a capital lusa, para assistir às cerimónias fúnebres do malogrado fundador da RGB-BM, Domingos Fernandes, falecido naquela capital lusa, a semana passada.

O governante revelou, por outro lado, ter tentado encetar alguns contatos com as autoridades portuguesas em prol do país, mas tudo foi sem sucesso, por haver, disse, “um bloqueio total à Guiné-Bissau”.

“Nós aproveitamos para tentar, à margem desta viagem, fazer algum encontro oficioso ou não-oficial com algumas entidades portuguesas. Aquilo que nós deparamos foi com um fecho total das autoridades portuguesas, contrariamente àquilo que aconteceu na minha última visita, em que tive alguns encontros com algumas entidades políticas portuguesas, desta vez, há um bloqueio, um fecho completamente sobre a Guiné-Bissau”, frisou.

“Portugal não pode continuar a fazer parte do problema. Portugal tem que fazer parte da solução. Explicamos o porquê desta posição de Portugal. Explicamos que, infelizmente, Portugal, hoje, depende muito de Angola”, adiantou.

Referente à possibilidade de se constituir um governo de consenso, Fernando Vaz assegurou que o atual executivo tinha uma agenda política cujo período final estava previsto para o próximo mês de maio, e que algumas consultas já estão em curso.

“Nós estamos a discutir. Como sabe, primeiro, é preciso definir uma agenda política. Nós tinhamos uma agenda política que terminava em Maio depois das eleições, e tudo indica que essa agenda não poderá ser cumprida. Primeiro, é preciso definir uma nova agenda, dada a conjuntura que tivemos, em que existe adesão ao pacto de transição proposto pelos partidos, naturalmente, o senhor Presidente da República tem promovido reuniões, vamos [assistir] uma hoje”, informou.

“Tem que se definir aquilo que é a realidade guineense. Nós não podemos ir ao ritmo e agenda da comunidade internacional. Se dependesse da comunidade internacional, nós já teríamos feito as eleições ontem. Mas, nós conhecemos a nossa realidade e sabemos que as próximas eleições eleições irão ter aproximadamente ou mais de 700 mil eleitores e (que desse conjunto), entre 150 mil a 200 mil eleitores possuem bilhetes de identidade e sabemos que nas próximas eleições ninguém vai votar sem se identificar”, sublinhou Fernando Vaz.
GBISSAU

Detido antigo ministro das Finanças da Guiné Bissau


José Mário Vaz, ex-ministro das Finanças da Guiné-Bissau



José Mário Vaz é acusado da prática de crime económico

O Governo de Transiçao da Guiné-Bissau quer saber do paradeiro de 12,5 milhões de dólares de uma ajuda orçamental angolana
Bissau (Lusa, 05 de Fevereiro de 2013) – O ministro das Finanças do Governo da Guiné-Bissau deposto no golpe de Estado de 12 de abril foi detido em Bissau e está hoje a ser ouvido pelo Ministério Público, disse à Lusa fonte judicial.

José Mário Vaz era o ministro das Finanças no Governo de Carlos Gomes Júnior e não tem estado na Guiné-Bissau, onde regressou há menos de um mês. Foi detido na segunda-feira na sua terra natal, Calequisse, a norte de Bissau, segundo a fonte para evitar que saísse de novo do país.

As autoridades judiciais, disse a fonte, querem saber o paradeiro de uma ajuda orçamental angolana de 12,5 milhões de dólares (9,1 milhões de euros) que nunca chegou a entrar nos cofres do Estado.

“Esse dinheiro não se repercutiu nas Finanças, o apoio orçamental não apareceu, não há rastos, é preciso que ele explique o paradeiro”, disse a fonte, acrescentando que o ministro deposto também deve explicar o porquê de não haver pagamento de renda do edifício onde está atualmente a funcionar a RTP-África.

A fonte salientou que Mário Vaz foi detido para ser ouvido pelo Ministério Público e que só depois das investigações se poderá ou não aplicar uma pena. “Pode ficar em liberdade, ou ficar com termo de identidade e residência”, disse.

O termo de identidade e residência foi aplicado também nos últimos dias a Odete Semedo, que era chefe de gabinete de Raimundo Pereira, Presidente interino deposto no golpe de Estado de 12 de abril do ano passado.

Odete Semedo, disse a fonte, terá levantado, em dois meses, 350 milhões de francos CFA (mais de 500 mil euros). “A quatro de abril do ano passado levantou no banco 200 milhões de francos (305 mil euros). Não se sabe para quê”, explicou.

Questionada sobre se o Ministério Público está a perseguir elementos ligados ao anterior Governo a fonte disse que não e acrescentou que do atual Governo já foram ouvidos três ministros.

“Fernando Vaz, ministro da presidência, José Biai, ministro da Economia, e Abubacar Demba Dahaba, ministro das Finanças, já foram ouvidos pelo Ministério Público no âmbito da investigação de vários casos”, disse a fonte.

GBISSAU

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Detido ex-ministro das Finanças do Governo de Carlos Gomes Júnior


Bissau – O ex-ministro das Finanças do Governo de Carlos Gomes Júnior, José Mário Vaz (JOMAV), foi detido esta segunda-feira, 4 de Fevereiro, pelas 19.30 horas, pela Polícia Judiciária.
A informação foi avançada à PNN por fontes familiares do antigo ministro, que adiantaram que José Mário Vaz foi detido na sua tabanca natal, Caliquise, sector do mesmo nome, na região de Cachéu, por um grupo de agentes da Policia Judiciária.

A mesma fonte disse desconhecer os motivos da detenção do antigo ministro das finanças, que se encontra no país desde o passado fim-de-semana, 2 e 3 de Fevereiro.

PNN

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Investidores internacionais prometem avançar com projetos concretos para ajudar a Guiné-Bissau


Paulo Gomes, Economista guineense e fundador do Instituto BENTEN
Vários investidores internacionais, que participaram no 1º Fórum Económico de Bissau, anunciaram projetos concretos para ajudar a economia do país, indicou o economista guineense Paulo Gomes, organizador do encontro.
De acordo com Paulo Gomes, ex-administrador do Banco Mundial para 24 países africanos, o Fórum, que terminou esta noite em Bissau, o encontro, que juntou mais de 100 convidados estrangeiros, “superou as expectativas”.
Entre os investimentos anunciados pelos financiadores internacionais, Paulo Gomes destacou a promessa de um grupo em construir um banco de habitação na Guiné-Bissau, além de projetos no setor da agricultura, ecoturismo, energia e novas tecnologias.
Especificando, Gomes afirmou que o ex-presidente da Nigéria Olesegun Obansanjo prometeu avançar com projetos no setor dos “agronegocios”, para oficiais militares da Guiné-Bissau que queiram deixar as Forças Armadas.
Durante o debate entre os investidores internacionais e empresários, académicos e políticos guineenses, sobre as potencialidades económicas que a Guiné-Bissau possui, o ex-presidente nigeriano referiu ainda que, “proporcionalmente”, a Guiné-Bissau “tem mais generais que a Nigéria”.
“Isso é um problema”, notou Obasanjo, que logo depois da sua intervenção no Fórum Económico de Bissau, se encontrou com o Presidente guineense de transição, Serifo Nhamadjo, e de seguida partiu, de regresso à Nigéria.
O organizador do Fórum disse também que a General Eletric prometeu avaliar a possível entrada num consórcio, a ser criado, quando for construída a barragem de Kaletta, que deverá fornecer de energia elétrica três países da sub-região, entre os quais a Guiné-Bissau.
Ainda segundo Paulo Gomes, o presidente do Fundo Soberano do Gabão garantiu o envio de peritos, já na próxima semana, à Guiné-Bissau, para avaliação das possibilidades de negócios no setor do ecoturismo, enquanto a Chanter Afrique quer abrir um banco de habitação no país.
O primeiro-ministro de transição guineense, Rui de Barros, enalteceu a iniciativa do Fórum, salientando que “os esforços conjuntos do Governo de transição com a sociedade civil” estão a concorrer para o crescimento da economia do país.
GBISSAU

PALOPs vão propor saída para a crise política na Guiné-Bissau na próxima reunião da CPLP



PALOPs, países africanos de língua oficial portuguesa
Natália Umbelina, que regressou na quinta-feira da Etiópia onde participou na vigésima conferência da União Africana, disse que os representantes de Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe reuniram-se à margem deste encontro para “concertar posições” sobre a Guiné-Bissau.
“Tivemos uma reunião entre os PALOP para juntos refletirmos um pouco mais, concertarmos as nossas posições, para numa próxima reunião da CPLP podermos também levar o nosso apoio, o apoio dos cinco países de língua oficial portuguesa em África para que rapidamente a Guiné-Bissau possa conhecer novas esperanças”, explicou Natália Umbelina.
A governante são-tomense reconhece que se trata de “uma aproximação” que os PALOP estão a fazer em relação a um dos seus membros mas rejeita a ideia de que essa posição seja uma legitimação do governo interino instalado depois do golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
A chefe da diplomacia são-tomense defende que “a Guiné-Bissau sozinha tem dificuldades em conseguir a saída da crise, precisa de ajuda e essa ajuda está a vir de todos os cantos: da CPLP, da CEDEAO, está a vir da União Africana, da União Europeia e do próprio Banco Mundial”.
GBISSAU