quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Guiné-Bissau perde 17 posições em ranking mundial de liberdade de imprensa



Organização não-governamental Repórteres sem Fronteiras
  • Guiné-Bissau ocupa agora posição 92 na lista dos 179 países
Paris (GBissau.com, 30 de Janeiro de 2013) – A Guiné-Bissau perdeu dezassete (17) posições no ranking mundial de liberdade de imprensa de 2013 publicado esta quarta-feira, 30 de Janeiro, pela organização não-governamental Repórteres sem Fronteiras, que tem sede em Paris, na França.
Mapa da Liberdade de Imprensa no Mundo
Mapa da Liberdade de Imprensa no Mundo
De acordo com o levantamento, a Guiné-Bissau passou da 77ª posição em 2012 para a 92ª posição da lista, que é composta por 179 países.
Os elementos analisados para avaliar o grau de liberdade dos veículos de imprensa são entre outros, a violência contra jornalistas até a legislação do sector da comunicação social. As perdas drásticas das posições da Guiné-Bissau são justificadas pelo derrube do governo pelo exército depois da primeira volta das eleições presidenciais e a consequente censura imposta aos meios de comunicação.
Os Repórteres sem Fronteiras citam os casos da expulsão do Jornalista e Chefe da delegação da RTP na Guiné-Bissau, Fernando Gomes. Um outro caso citado é a prisão e o espancamento do bloguista António Aly Silva, no dia 13 de Abril, um dia após o golpe de estado de 12 de Abril.
Durante esse período, os Repórteres sem Fronteiras alegam que “qualquer um contrariando as ordens [das autoridades] teria sido exposto a represálias severas ou teria que entrar num esconderijo”. A organização também cita o caso da ocupação das instalações da Rádio estatal (RDN), por parte dos soldados guineenses
“O golpe de 12 de Abril provocou sérias restrições à liberdade de jornalistas … e todas as estações da rádio e TV foram fechadas, seguido de controlo militar sobre o conteúdo das informações veiculadas”, escreve a ONG.
A Guiné-Bissau ficou atrás ainda de Timor Leste (90º), da Moçambique (73º), e de Cabo Verde (25º). Mas, apesar do retrocesso, a Guiné-Bissau continua à frente de Angola (130º). São Tomé e Príncipe não consta da lista.
Entre os africanos, o país com a melhor colocação é a Namíbia (19º), seguido de Cabo Verde (25º), Gana (30º), Níger (43º) e Burkina Faso (46º).
Finlândia, Holanda e Noruega que lideravam o ranking de 2012, como os três países que mais respeitam a liberdade de imprensa no mundo, mantiveram suas posições na lista de 2013. Turcomenistão, Coreia do Norte e Eritreia também mantêm as mesmas colocações, como as nações que menos respeitam a liberdade de imprensa no mundo.
De acordo com a avaliação da organização Repórteres sem Fronteiras, o ranking de 2013 foi menos influenciado pelas revoltas árabes, já que considerou menos critérios ligados à actualidade política.
GBISSAU

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