segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CEDEAO pede a União Africana para suspender as sanções contra a Guiné-Bissau



Reunião dos líderes dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Abuja
Abuja (GBissau.com, 11 de Novembro de 2012) – Os líderes dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reunidos em Abuja, a capital política da Nigéria, solicitaram à União Africana o levantamento das sanções impostas contra a Guiné-Bissau e o reconhecimento das novas autoridades guineenses. Para a CEDEAO, a medida dever ser vista como “um incentivo para que as autoridades de transição — e em reconhecimento do progresso no país — continuarem a trabalhar para forjar um governo mais inclusivo de transição e para preparar o caminho para a plena restauração pacífica da ordem constitucional no país”. O apelo da CEDEAO foi lançado no final de mais uma Sessão Extraordinária da CEDEAO que teve lugar ontem, domingo.
Outra decisão não menos importante tem a ver com a prorrogação do mandato da missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental na Guiné-Bissau (ECOMIB) por mais seis meses. A CEDEAO conta com um contingente militar e policial na Guiné-Bissau com mais de 600 soldados e polícias do Burkina Faso, da Nigéria e do Senegal.  À ECOMIB — cuja missão foi alargada para mais seis meses — cabe a responsabilidade de garantir a segurança das autoridades de transição em substituição das tropas da Missão Angolana na Guiné-Bissau (MISSANG).
A Cimeira de Abuja que decorreu sob à presidência de Alassane Ouattara, o Presidente da República da Costa do Marfim e igualmente o Presidente em exercício da CEDEAO, tinha sido convocada para avaliar os mais recentes desenvolvimentos nos “desafios de segurança e institucionais das transições no Mali e na Guiné-Bissau” e contou com a participação de mais de duas dezenas de chefes de Estado e de Governos da África Ocidental, assim como representantes de outras organizações regionais e internacionais.
Na reunião de Abuja participou também o Presidente da República de Transição, Manuel Serifo Nhamajo, alguns dias depois do Governo de transição guineense ter rubricado um memorando de entendimento com a CEDEAO, prevendo um apoio de 63 milhões de dólares norte-americanos, para a reforma e modernização do sector da Defesa e Segurança.

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