sexta-feira, 1 de março de 2013

PRT Manuel Serifo Nhamajo regressa ao país, depois da Cimeira da CEDEAO na Cotê d´Ivoire


Aperto de mão Serifo Nhamajo e Primeiro-Ministro, Rui Barros na presença de Braima Sori Djaló, Presidente da ANP
Bissau (Gabinete de Imprensa da Presidência da República, 28 de Fevereiro de 2013) – Manuel Serifo Nhamajo regressou ao país esta quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2013, depois de ter participado na Cimeira ordinária da CEDEAO, que decorreu entre os dias 27 e 28 deste mês em Yamoussoukrou, capital política da Cote d´Ivoire.
Em declarações à imprensa já em Bissau, Serifo Nhamajo disse aos jornalistas que a Cimeira foi positiva para o momento político do país, na medida em que “permitiu analisar em conjunto com os homólogos da CEDEAO, a agenda de transição e, fizemos o resumo de tudo o que foi feito a partir no quadro da organização até à esta data. Em conclusão, a Cimeira felicitou os esforços que estão a ser desenvolvidos a nível interno e incentivou que haja uma maior inclusão nos debates e nas atividades de transição”.
Outro aspecto importante, adiantou ainda Serifo Nhamajo, é que “os Chefes de Estado presentes na Cimeira propuseram ao Presidente da República de Transição, a apresentar uma agenda de transição à Assembleia Nacional Popular, para que depois de ratificada, seja submetida à Comunidade Internacional. À respeito, faltará agora concluirmos o trabalho de casa que já iniciamos com a participação de todas as forças vivas do país, para que tenhamos concluídas até ao final do mês de Março as etapas precisas, na medida em que existe uma data indicativa que era até ao final deste ano termos as condições necessárias para a realização das eleições”.
Ainda em Yamoussoukrou, Serifo Nhamajo manteve um encontro com o Secretário Executivo da CPLP, o Moçambicano Isaac Murargy.
Foi o primeiro encontro entre a CPLP enquanto organização, com as autoridades da transição na Guiné-Bissau, por isso, Serifo Nhamajo disse “mais vale tarde do que nunca, porque nada melhor que as pessoas se sentarem, dialogarem e trocarem informações”.
O PRT disse acreditar que “com o espírito aberto do Secretário Executivo da CPLP e com a situação actual interna do país que tende a melhor, poderemos reunir os consensos necessários junto à comunidade internacional para apoiarem os esforços internos da Guiné-Bissau, no sentido de sair da crise com a qual é confrontada. Fiquei com esta sensação e constatei existir esta vontade da parte do Secretário Executivo da CPLP”.
O Presidente da República de Transição Serifo Nhamajo participou na 42ª Sessão Ordinária da Cimeira da CEDEAO, na companhia de mais 12 Chefes de Estado de países que fazem parte da organização, nomeadamente, Diocounda Traoré (Mali), Macky Sall (Senegal), Ernest Bai Koroma (Sierra Leoa), Faure Gnassingbé (Togo), Ellen Johnson Sirleaf (Libéria), Alpha Condé (Guiné-Conacri), Blaise Compaoré (Burkina Faso), Goodluck Jonathan (Nigéria), Issoufou Mahamadou (Niger), Yaya Jameh (Gâmbia), John Dramani Mahama (Ghana) e Alassane Ouattara (Côte d’Ivoire).
Antes, Serifo Nhamajo participara em Seul, Coreia do Sul, na Conferência Mundial para a Paz.
“Nessa conferência, demos a nossa contribuição, pela modesta experiência que temos no quadro da nossa comissão da reconciliação nacional, falamos da convivência multi-étnica que existe na Guiné-Bissau, falamos da coabitação religiosa, do estado laico que somos e falamos também da inclusão política, por isso julgamos que foi muito bom termos participado e subsidiado essa conferência com a nossa experiência”.
Em Seul ainda, Serifo Nhamajo recebeu o doutoramento Honoris Causa, com o qual foi granjeado pela Universidade de Seul.
Sobre o diferendo entre o ANP e o Governo que muito tem agitado a vida política nacional, o PRT disse que “situações deste género são normais no exercício pleno da democracia, em que deve haver respeito pela opinião do outro, cada um deve escutar o companheiro, para depois se procurar o meio-termo, daí estou certo que se vai encontrar uma solução para este assunto que não se afigura para já dramaticamente conflituosa”.

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