sexta-feira, 1 de março de 2013

PRT Manuel Serifo Nhamajo regressa ao país, depois da Cimeira da CEDEAO na Cotê d´Ivoire


Aperto de mão Serifo Nhamajo e Primeiro-Ministro, Rui Barros na presença de Braima Sori Djaló, Presidente da ANP
Bissau (Gabinete de Imprensa da Presidência da República, 28 de Fevereiro de 2013) – Manuel Serifo Nhamajo regressou ao país esta quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2013, depois de ter participado na Cimeira ordinária da CEDEAO, que decorreu entre os dias 27 e 28 deste mês em Yamoussoukrou, capital política da Cote d´Ivoire.
Em declarações à imprensa já em Bissau, Serifo Nhamajo disse aos jornalistas que a Cimeira foi positiva para o momento político do país, na medida em que “permitiu analisar em conjunto com os homólogos da CEDEAO, a agenda de transição e, fizemos o resumo de tudo o que foi feito a partir no quadro da organização até à esta data. Em conclusão, a Cimeira felicitou os esforços que estão a ser desenvolvidos a nível interno e incentivou que haja uma maior inclusão nos debates e nas atividades de transição”.
Outro aspecto importante, adiantou ainda Serifo Nhamajo, é que “os Chefes de Estado presentes na Cimeira propuseram ao Presidente da República de Transição, a apresentar uma agenda de transição à Assembleia Nacional Popular, para que depois de ratificada, seja submetida à Comunidade Internacional. À respeito, faltará agora concluirmos o trabalho de casa que já iniciamos com a participação de todas as forças vivas do país, para que tenhamos concluídas até ao final do mês de Março as etapas precisas, na medida em que existe uma data indicativa que era até ao final deste ano termos as condições necessárias para a realização das eleições”.
Ainda em Yamoussoukrou, Serifo Nhamajo manteve um encontro com o Secretário Executivo da CPLP, o Moçambicano Isaac Murargy.
Foi o primeiro encontro entre a CPLP enquanto organização, com as autoridades da transição na Guiné-Bissau, por isso, Serifo Nhamajo disse “mais vale tarde do que nunca, porque nada melhor que as pessoas se sentarem, dialogarem e trocarem informações”.
O PRT disse acreditar que “com o espírito aberto do Secretário Executivo da CPLP e com a situação actual interna do país que tende a melhor, poderemos reunir os consensos necessários junto à comunidade internacional para apoiarem os esforços internos da Guiné-Bissau, no sentido de sair da crise com a qual é confrontada. Fiquei com esta sensação e constatei existir esta vontade da parte do Secretário Executivo da CPLP”.
O Presidente da República de Transição Serifo Nhamajo participou na 42ª Sessão Ordinária da Cimeira da CEDEAO, na companhia de mais 12 Chefes de Estado de países que fazem parte da organização, nomeadamente, Diocounda Traoré (Mali), Macky Sall (Senegal), Ernest Bai Koroma (Sierra Leoa), Faure Gnassingbé (Togo), Ellen Johnson Sirleaf (Libéria), Alpha Condé (Guiné-Conacri), Blaise Compaoré (Burkina Faso), Goodluck Jonathan (Nigéria), Issoufou Mahamadou (Niger), Yaya Jameh (Gâmbia), John Dramani Mahama (Ghana) e Alassane Ouattara (Côte d’Ivoire).
Antes, Serifo Nhamajo participara em Seul, Coreia do Sul, na Conferência Mundial para a Paz.
“Nessa conferência, demos a nossa contribuição, pela modesta experiência que temos no quadro da nossa comissão da reconciliação nacional, falamos da convivência multi-étnica que existe na Guiné-Bissau, falamos da coabitação religiosa, do estado laico que somos e falamos também da inclusão política, por isso julgamos que foi muito bom termos participado e subsidiado essa conferência com a nossa experiência”.
Em Seul ainda, Serifo Nhamajo recebeu o doutoramento Honoris Causa, com o qual foi granjeado pela Universidade de Seul.
Sobre o diferendo entre o ANP e o Governo que muito tem agitado a vida política nacional, o PRT disse que “situações deste género são normais no exercício pleno da democracia, em que deve haver respeito pela opinião do outro, cada um deve escutar o companheiro, para depois se procurar o meio-termo, daí estou certo que se vai encontrar uma solução para este assunto que não se afigura para já dramaticamente conflituosa”.

Transição na Guiné-Bissau dura até final de 2013


Aspeto geral da cimeira da CEDEAO consagrada às crises na Guiné-Bissau e Mali
Os chefes de estado e de governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) prolongaram hoje o período de transição da Guiné-Bissau até ao final do ano. A decisão saiu da 42.ª cimeira ordinária da organização, que decorreu entre quarta-feira e hoje em Yamoussoukro, na Costa do Marfim.
Segundo o comunicado final divulgado após a reunião, "a Cimeira decidiu prolongar o período de transição na Guiné-Bissau até 31 de dezembro de 2013, tendo em conta o processo em curso na Assembleia Nacional Popular (ANP)".
Na sequência do golpe de Estado de abril de 2012, as autoridades regionais tinham instituído um período de um ano para que a Guiné-Bissau organizasse eleições. Esse período iria até maio deste ano, mas as eleições, projetadas para abril, não se realizam no tempo estimado por ainda não terem sido criadas condições para tal.
Segundo o comunicado, com as conclusões da Cimeira, a CEDEAO reiterou o apoio à transição na Guiné-Bissau e felicitou a assinatura do Pacto de Transição por todos os principais partidos (o partido mais votado não tinha assinado o Pacto e só o fez recentemente).
"A conferência encorajou o Presidente interino, Manuel Serifo Nhamadjo, a submeter um projeto de roteiro" realista à ANP para "a preparação e organização de eleições gerais livres, justas e transparentes antes do fim do ano de 2013", que o deve adotar "o mais rapidamente possível", dizem as conclusões da Cimeira.
A CEDEAO, acrescenta, instou a União Africana a apresentar rapidamente um relatório da missão conjunta que em dezembro do ano passado esteve no país. Esse relatório será outra forma de aumentar "os esforços visando criar um consenso junto dos parceiros internacionai sobre a situação na Guiné-Bissau".
DN

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Presidente do Parlamento da Guiné-Bissau diz que Governo de transição "não está a governar nada


Bissau, 28 fev (Lusa) - O presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Ibraima Sory Djaló, acusou hoje o Governo de transição de inoperância e apontou as greves dos trabalhadores da função pública e a falta de energia, de água e de salários como exemplos.
Falando para cerca de uma centena de alunos das escolas públicas que se manifestaram hoje em frente do Parlamento, Sory Djaló pediu calma aos alunos, dizendo-lhes que está solidário com a sua luta.
"Estamos solidários com os alunos e os professores da Guiné-Bissau, porque a única herança que podemos deixar para os jovens de hoje é a formação, não são carros, casas ou quintas. Lamentavelmente neste momento estamos muito tristes e preocupados porque não há aulas", afirmou o presidente do Parlamento guineense.


EXPRESSO

Sede do Partido da Renovação Social recebe reunião dos dirigentes do Fórum de Partidos Políticos signatários do Pacto e Acordo de Transição


Partido da Renovação Social (PRS), Guiné-Bissau
Bissau (Rádio Difusão Nacional-RDN, 27 de Fevereiro de 2013) – A sede nacional do Partido da Renovação Social (PRS), foi na passada terça-feira o palco de uma reunião dos dirigentes do Fórum de Partidos Políticos signatários do Pacto e Acordo de Transição.
A reunião visava analisar a atual situação política do país, sobretudo o diferendo que opõe o parlamento ao governo. Após cerca de três horas de reunião, o porta-voz desse grupo de partidos, Marciano Indi, prometeu trazer à luz, esta quinta-feira, em conferência de imprensa, as conclusões dessa concertação.
“Aos signatários do Pacto e que fazem parte do Fórum de Partidos políticos, que tomem parte nessa conferência de imprensa, onde vamos tornar pública a nossa posição em relação a atualidade política”, convidou.
Jornalista – “O que quer dizer com a atualidade política?”
Marciano Indi – “Nós temos estado a ouvir vozes diferentes a falar da transição, da coabitação do governo com outro órgão de soberania, ouvimos muitos diz-que-diz e queremos por isso tornar pública a nossa posição face a essa situação”, disse.
Jornalista – “Como avalia o relacionamento do governo e o parlamento?”
Marciano Indi – “Olha, eu não posso adiantar nada, na conferência de imprensa, falaremos de tudo isso”.
Jornalista – “Como político e signatário do Pacto de Transição, como avalia o rumo da transição neste momento?”
Marciano Indi – “Nós pensamos que, com todas as dificuldades que o enfrentou desde o golpe de abril do ano passado, o governo foi constituído depois, apesar de todos os entraves existentes, o governo tem estado a dar passos positivos”, observou esse dirigente do Partido Republicano para a Independência e Desenvolvimento (PRID).
Indi defendeu igualmente a criação da já bem polémica Comissão Multipartidária e Social de Transição, como espaço de concertação dada a caducidade do parlamento.
“É um espaço de reflexão, onde todos os atores políticos e sociais devem tomar parte, por forma a refletirem e discutirem assuntos ligados à transição política”, sublinhou.
“Porque, neste momento, não quem diga que tem a legitimidade ou a quem op povo concedeu o poder. A falar da ANP, o mandato desta já caducou desde novembro 2012. temos um governo de transição e um Presidente da República que não são legítimos. Então, quem é que pode definir as regras neste momento é o consenso entre partidos políticos e não a ANP”, considerou.
GBISSAU

ANP: Presidente continua firme na sua posição em ver governo a apresentar programa e orçamento aos deputados


Presidente da ANP da Guiné-Bissau,Braima Sori Djaló
Bissau (Rádio Bombolom-FM, 27 de Fevereiro de 2013) – O Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) não desarma da sua decisão de exigir ao governo de transição a apresentar o seu programa de governação e respetivo orçamento aos deputados para efeito de análise e aprovação.
Braima Sori Djaló se exprimia na sessão parlamentar de quarta-feira, na sequência da preocupação levantada por alguns deputados em relação a presença, terça-feira, das chefias militares no parlamento.
Sori Djaló foi peremptório ao reafirmar a sua intenção de não recuar nem um milímetro sequer, na declaração que fez terça-feira, como forma de pressionar o governo e levâ-lo a respeitar o preceituado na constituição da República.
“Eu sei que o anúncio que fiz atrapalhou as pessoas, mas, não nos desarmamos. Nós não vamos nos desarmar, que as pessoas saibam que não vamos nos desarmar. Que ninguém pense que a vinda das tropas para aqui nos desarmou, não. Não estamos desarmados, vem vamos nos desarmar, só quando elas cumprirem aquilo que está entre nós e elas – que está na constituição e no regimento, se de facto quisermos permanecer aqui como deputados. Caso contrário, que elas acabem com a Assembleia”, avisou.
Braima Sori Djaló referiu-se igualmente à adenda ao Pacto e Acordo de Transição, assinada por todos os partidos políticos, com exceção do PAIGC, PRS, UM e PND e depositada no Supremo Tribunal de Justiça, a fim de impedir a que esse órgão legislativo prorrogue o mandato.
“Não somos invejosos nem provocadores. Porém, se alguém nos provocar, é certo que não lhe perdoaremos. Este documento deu entrada no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), não tendo sido assinado por quatro principais formações políticas, que são o PAIGC, PRS, UM e PND. O documento é uma adenda feita no sentido de se substituir a Assembleia Nacional Popular. Mas, nós, assinantes do Pacto de Transição, por que é que a adenda foi feita secretamente e foi depositada no STJ? Não sabemos qual é a real intenção”, explicou.
“Talvez, com o sentido de o STJ decidir acabar com a Assembleia ou nos obrigue a aceitar aquilo que consta do documento. Das duas, uma: o que querem é apagar o nosso fogão. Contudo, é preciso que os deputados que os defendem saibam que eles não fazem parte da Comissão Permanente. Dai que, se Assembleia fôr extinta, eles estarão fora da linha”, avançou.
“E nós não estamos interessados em ficar na Comissão Permanente. Porque eles é que escreveram e disseram, citamos – na sequência da prorrogação do mandato (isto é que suscitou o problema) da legislatura da ANP, as votações de diplomas devem obedecer ao consenso dos atores políticos nela representados e não nos termos constitucionais e regimentais da ANP. Quer dizer, nós vamos ficar aqui só para aceitar aquilo que eles aprovaram, sem mesmo mudarmos uma única vírgula? Os partidos políticos é que escreveram isso em conluio com o governo atual – para governarem como já têm vindo a governar, sem serem exigidos nem controlados”, sublinhou.
Outro assunto também analisado pelos deputados é a cena de pancadarias registada terça-feira entre as populações de algumas aldeias do setor de Nhacra, que resultaram no ferimento de quatro civis e dum agente da Polícia da Ordem Pública (POP).
A deputada do PRS eleita pelo circulo de Nhacra, Isabel Crato, foi quem abordou o assunto, dando mesmo conta que um agente da POP teria ficado refém da população revoltosa por algum tempo, o qual só veio a ser encaminhado para um hospital após intervenção do ministro do Interior, Baptista Té.
GBISSAU

Chefes militares prometem lealdade ao Governo


CEMGFA António Indjai (dir.) e seu vice Mamadú Turé "N’Krumah" (esq.)
Bissau (PNN, 27 de Fevereiro de 2013) – Num comunicado assinado pelo Conselho de Chefes de Estado-Maior (CCEM), os chefes militares garantiram lealdade ao Governo na reforma das Forças Armadas e comprometeram-se a defender a «serenidade, a coesão e a disciplina» no sector.
Em comunicado, o Conselho de Chefes de Estado-Maior (CCEM) compromete-se a continuar «com lealdade e frontalidade, perante a tutela política e os seus subordinados, os trabalhos de adequação das estruturas e das capacidades das Forças Armadas à realidade do ambiente estratégico prevalecente e previsível, tendo sempre presentes o moral das pessoas e a indispensável garantia de prontidão das Forças Armadas».

Numa resposta às críticas vindas de oficiais na reforma e na reserva, que acusam o Governo de fazer reformas à margem dos militares, os quatro chefes militares revelam estar a dar o seu contributo para a transformação das Forças Armadas, sempre no quadro das orientações políticas emanadas.
O comunicado do Conselho de Chefes de Estado-Maior foi divulgado no dia em que a Associação de Oficiais das Forças Armadas advertiu que «as tensões sociais poderão culminar em justos protestos» e que, «no que de si depender», os militares não serão «um instrumento de repressão sobre os concidadãos».
O Conselho de Chefes de Estado-Maior integra o chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, o chefe de Estado-Maior da Armada, o chefe de Estado-Maior da Força Aérea e o chefe de Estado Maior do Exército.

GBISSAU

Ordem dos Advogados acusa alguém da comunicação social de ter invertido o teor do discurso do seu bastonário


  • Domingos Quadé, Bastonário da Ordem dos Advogados

  • O Discurso do Bastonário da Ordem dos Advogados tinha sido proferido durante a cerimónia de investidura do presidente do STJ 
Bissau (Rádio Difusão Nacional-RDN, 27 de Fevereiro de 2013) – A Ordem dos Advogados acusou quarta-feira algum sector de ter invertido o teor do discurso que o Bastonário dessa organização sócio-profissional, Domingos Quadé, proferiu a quando da cerimónia de tomada de posse do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Num comunicado onde a Ordem dos Advogados reproduziu o discurso em referência, tendo a organização sublinhado o parágrafo em causa: “… é urgente implementar uma política de reforma do sistema judiciário, visa impedir, entre outros, que advogados ou agentes com processo de certo vulto integrem estes órgãos”. Este parágrafo terá sido supostamente mudado por um membro da comunicação social, sem, no entanto, terem indicado o nome da pessoa ou da organização.
Contatado pela imprensa, o Procurador-Geral da República, Abdú Mané, prometeu mesmo que vai avançar com uma acção judicial contra o autor desta “adulteração” do teor do discurso de Domingos Quadé.
“Agora, o que me espanta, há uma tentativa de deturpar o conteúdo do discurso do próprio Bastonário. Isto é muito grave, tentando apontar as baterias para o Ministério Público, deturpar, com base em falsidades, contra o MP, nós não vamos permitir isso”, avisou.
“O jornalista que veículou esta notícia vai ter que explicar, porque o Bastonário falou claramente em 14, as gravações existem, o documento do discurso do Bastonário também existe, eu não sei com que intenção é que esse jornalista deturpou, tentando pôr mentiras na boca do próprio Bastonário. Isso é grave”, avançou.
“Tanto assim é que o Bastonário, agora, tem uma carta para manter fielmente a sua posição inicial. Não alterou sequer uma única letra. Esse jornalista, vosso colega, é obrigado a repôr a verdade dos factos, sob pena de se intentar um processo contra o próprio jornalista, tentando manchar a honra do próprio Ministério Público. Nós não vamos admitir isso”, reiterou Abdú Mané.

Edição: GBissau.com

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

CEMGFA António Indjai é recebido pelo presidente em exercício da ANP



Presidente da ANP-Ibraima Sori Djaló (dir.) e General António Indjai (esq.)

Bissau (Rádio Difusão Nacional-RDN, 26 de Fevereiro de 2013) -  O Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), António Indjai, acompanhado pelas chefias dos três ramos, foi recebido terça-feira pelo presidente em exercício da ANP.
Tratou-se de um encontro de concertação sobre a transição em curso, onde os militares congratularam-se com os parlamentares em relação à apresentação do programa e orçamento do governo no parlamento. 
Presidente da ANP-Ibraima Sori Djaló (dir.) e General António Indjai (esq.)
Presidente da ANP-Ibraima Sori Djaló (dir.) e General António Indjai (esq.)
O porta-voz do Estado-Maior, Daba Na Walna, prometeu que a posição dos militares em relação à nova agenda política de transição será conhecida posteriormente.
“Nós estamos no quadro de concertação. A nova agenda política, as forças armadas, o governo, os partidos políticos, a sociedade civil, as autoridades tradicionais, existe toda a necessidade de permanente concertação. É nesse quadro que estamos cá. Não existe nada mais de especial”, explicou.
“Foi uma concertação da agenda de transição. Vocês sabem, está sendo falado sobre a prorrogação da transição – quanto tempo deve levar. Os militares têm a sua posição, outras pessoas têm a sua posição, isso será conhecido posteriormente”, acrescentou.
Jornalistas - “Os deputados pedem a apresentação do programa e orçamento do governo…”
Daba Na Walna - “Isso é normal, isso é normal. Não se pode governar sem programa. Se assim é, isso não é novidade nenhuma. Antes pelo contrário, assim é que é desde que a democracia começou a existir”.
Jornalista - “Ontem (segunda-feira), o presidente da ANP falava numa guerra com a ANP…”
Daba Na Walna - “Ao presidente da ANP vocês façam essa pergunta”
Jornalista - “As forças armadas possuem alguma data para o período de transição?”
Daba Na Walna - “Tudo o quanto está a ser feito ainda é um exercício, discutir-se-á posteriormente”.
De acordo com o presidente da ANP, Braima Sori Djaló, a visita dos militares ao parlamento serviu para analisar o alegado desentendimento entre a Assembleia Nacional Popular e o Governo de Transição.
“Sabemos da existência de muita especulação neste país, mas, para nós, o que eles vieram fazer é para saberem do que está-se a passar de facto. Porque, logo que as pessoas têm algum problema- a informação que foi difundida ontem – é como as rádios disseram: estamos de costas voltadas, o que é verdade, para virem explicar sobre o que se está a passar e o que é que originou isso, como é que o governo nos está a tratar. Isso é que trouxe essa conversa”, contou.
“Bem, agora, eu penso que eles vão tornar-se em mediadores, para nos chamarem para que cada parte diga o que está a acontecer realmente, e o que é que devemos fazer. Isso é que sucedeu”, acrescentou Sori Djaló à imprensa.
GBISSAU

Guiné-Bissau: Populações de Nhacra agridem o Secretário de Segurança do sector


Bissau - O confronto ocorreu esta terça-feira, 26 de Fevereiro, entre a força de ordem e a população de Indam, tendo terminado com cinco feridos, alguns em estado grave, de entre os quais o Secretário de Segurança de Sector de Nhacra, Ensa Faty (Loubo).
Armados com catanas e paus, os habitantes de Indam reclamavam a libertação dos seus colegas detidos em Nhacra, na sequência da disputa pela posse da terra entre duas tabancas do mesmo sector.

A situação fez deslocar o ministro do Interior ao terreno, onde se encontravam duas viaturas das forças policiais retidas pela população de Indam, durante várias horas.

No local, a PNN registou palavras de jovens relativamente à detenção das viaturas policiais. «Loubo não sai daqui enquanto os nossos irmãos não forem libertados a partir de Nhacra» diziam, exibindo catanas e paus.

No interior das viaturas da polícia estavam Loubo e outros três indivíduos, que foram agredidos no confronto pela posse da terra.

Dirigindo-se aos presentes, o ministro do Interior, António Suca Ntchama, advertiu os jovens dizendo que as suas iniciativas já atingiram níveis de desordem. «O Estado tem o poder de agir para repor ordem em certas circunstâncias. Caso se coloquem frente a frente com as forças de ordem vão aguentar com os vossos paus», referiu António Suca Ntchama, alertando os moradores de Indam em relação aos seus comportamentos perante a comunidade internacional.

«Estamos perante a comunidade internacional, como é do vosso conhecimento, que não admite que sejam instigados para que o mundo possa concretizar os seus objetivos em relação a nós, como foi dito, que a Guiné-Bissau é um país de conflito», disse o governante numa clara alusão à presença da força da alerta da CEDEAO (ECOMIB) na Guiné-Bissau.

Ensa Faty, Secretário de Segurança do sector de Nhacra e uma das pessoas agredidas pelos populares, disse à PNN que se deslocou a Indam com um reforço de agentes, em perseguição de uma das pessoas, tendo sido agredido com paus mesmo na presença da Polícia da Intervenção Rápida.

«As pessoas que foram agredidas inicialmente apresentaram queixa no Comissariado do sector. Tomámos iniciativa em busca dos agressores e fui espancado», referiu Ensa Faty.

Durante o clima de desordem da população de Indam, foi confiscada a arma do Secretário de Segurança de Sector de Nhacra.

Sumba Nansil

PNN

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Guiné-Bissau: Funcionários do Ministério das Finanças iniciam greve


Bissau - O sindicato de base do Ministério das Finanças guineense deu início, esta terça-feira, 26 de Fevereiro, a uma greve que deverá permanecer por um período de sete dias.
Em causa está o atraso no pagamento de seis meses de subsídio aos funcionários da referida instituição, com destaque para os trabalhadores da Direção-geral das Alfandegas e da Direção-geral de Contribuição e Imposto.

A greve foi anunciada numa altura em que ainda não foi feito o pagamento dos salários aos funcionários públicos, referente ao mês de Fevereiro.

Desde a sua formação, em 23 de Maio de 2012, o Governo transição vem reclamando o pagamento dos ordenados no dia 22 de cada mês mas já se mostrou incapaz de cumprir os seus compromissos, nomeadamente nos últimos meses, tendo regularizado apenas com o Ministério da Defesa Nacional, até ao momento.

PNN

Nigéria e o Brasil reafirmaram a sua prontidão em apoiar os esforços da União Africana, da CEDEAO, da CPLP na promoção do diálogo inclusivo


Presidente do Brasil, Dilma Rousseff (esq.) com o Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan (dir.)
Bissau (Rádio Difusão Nacional-RDN, 25 de Fevereiro de 2013) - A Nigéria e o Brasil manifestaram-se preocupados com aquilo que consideram de “grave crise política institucional na Guiné-Bissau”.
Igualmente, Abuja e Brasilia não esconderam as suas inquietações em relação à deterioração da situação sócio-económica e humanitária no país. Todas essas preocupações foram expressas num comunicado conjunto emitido no último fim-de-semana, no final da visita à Nigeria da Presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
No mesmo comunicado, a Nigéria e o Brasil reafirmaram a sua prontidão em apoiar os esforços da União Africana, da CEDEAO, da CPLP na promoção do diálogo inclusivo e o progresso sustentável no restabelecimento da ordem, através dum processo eleitoral democrático, que respeite a liberdade política e os direitos humanos.
Edição: GBissau.com

Ex-diretor-geral da PETROGUIN diz haver fortes probabilidades para descoberta do petróleo no país


Mapa das possíveis zonas petrolíferas na Guiné-Bissau
Bissau (Rádio Difusão Nacional-RDN, 25 de Fevereiro de 2013) - O ano 2013 é um ano com grandes expectativas para o sector de petróleo na Guiné-Bissau. A empresa PETROGUIN autorizou a realização, para breve, de um furo com fortes probabilidades para a descoberta do petróleo no país.
Esta notícia foi avançada por Henrique Santana Galvão Pires, ex-diretor-geral da empresa PETROGUIN, durante a cerimónia de tomada de posse do novo diretor da empresa.
“Este ano de 2013, temos um furo programado para dentro de meses. É um furo do qual temos a probabilidade na escala de zero a dez. Temos uma situação completamente clara sobre o petróleo. Eu tenho a confiança de que este ano vai ser extremamente importante e crucial na vida dos guineenses”, avançou.
“Em termos de trabalhar com a empresa que vem fazer a prospeção, já aprovamos um orçamento em Dezembro, os equipamentos começaram a ser alugados e os que temos para comprar começaram a ser comprados. Mas, até Novembro de 2013, a Guiné-Bissau terá uma informação clara sobre a situação de petróleo no país”, acrescentou Henrique Santana Galvão Pires.
Por seu lado, o novo diretor-geral da PETROGUIN, António Serifo Baldé, garantiu que vai dar continuidade aos trabalhos para o bem da Guiné-Bissau.
GBISSAU

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Armando Cabral destinguido pela Complex Magazine


Armando Cabral tornou-se, nos últimos anos, um dos rostos mais reconhecidos da moda internacional. O modelo guineense já desfilou para Louis Vuitton, Calvin Klein, Hugo Boss, Dior Homme, Dries Van Noten e J. Crew, entre outras grandes marcas. Hoje, quando não está em frente a uma câmara, está provavelmente a desenhar sapatos. Em 2009, perante a dificuldade de encontrar modelos de que gostasse, decidiu lançar uma marca de calçado masculino com o seu nome. Fabricada em Itália com materiais de luxo, a marca Armando Cabral inclui desde ténis a botas e é já um enorme sucesso internacional.

Além de modelo, Armando Cabral é agora também reconhecido como designer. Prova disso é a sua presença na lista dos "25 greatest black fashion designers" divulgada pela revista norte-americana Complex MagazineThe original buyer's guide for men.





ORDIDJA

Presidente do Parlamento da Guiné-Bissau critica duramente Governo e pequenos partidos


Bissau, 25 fev (Lusa) ? O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau, Ibraima Sory Djaló, avisou hoje que é impossível governar o país sem programa de Governo e sem orçamento e recusou qualquer responsabilidade do Parlamento.

Falando na Assembleia Nacional Popular, o responsável teceu críticas ao Governo mas também aos pequenos partidos, considerando que muitos deles nem existiam e que apareceram de novo após o golpe de Estado de 12 de abril do ano passado.

"Há partidos que foram fundados e que nunca fizeram um congresso. Partidos que já não existiam. O golpe de Estado não pode ser lugar de ressurreição de partidos mortos", disse Ibraima Sory Djaló.