COMUNICADO À IMPRENSA
A Direcção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos acompanhou com bastante
estranheza e preocupação as declarações do chefe do estado maior General das Forças
Armadas General António Indjai proferidas ontem, em que ameaça desestabilizar o país caso as
forças estrangeiras da CEDEAO forem enviadas ao país.
Estas declarações infelizes, e inoportunas acontecem numa altura em que o país apresenta
sinais evidentes de confiança e de retorno a normalidade à comunidade internacional, fruto dos
enormes esforços comuns feitos com vista à estabilização definitiva rumo ao desenvolvimento
sustentável.
Num estado de direito as forças armadas têm como missão proteger a integridade territorial do
país e as liberdades do seu povo em estrita observãncia do principio da subordinação ao poder
político. A sua lealdade manifesta-se em relação aos maiores desígnios do país, nomeadamente
a defesa da paz, e da estabilidade.
Por conseguinte, a definição da política de defesa e segurança é da exclusiva competencia do
poder político cabendo aos militares executa-las de acordo com os parâmetros estabelecidos
pela lei e em defesa do interesse público.
Perante estes factos a Direcção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos delibera o
seguinte:
1. Condenar vigorosamente as declaraçoes inaceitaveis do Chefe do Estado-maior
General das Forças Armadas General Antonio indjai por ter provocado um clima
de inquietacão nos cidadãos e de ter transmitido igualmente, a insubordinaçao
das forças armadas ao poder politico.
2. Responsabilizar o General António Indjai pelas eventuais derrapagens que vierem
a registar-se no país decorrentes destas suas declarações que minam por
completo a imagem e reputação da instituição militar.
3. Manifestar a sua firme determinação de não tolerar já mais, quaisquer acto
subversivo que visa por em causa os valores da paz, respeito ao estado do direito
4. Exortar a hierarquia das forças armadas a se absterem de declarações públicas
que poêm em causa a tranquilidade pública. entre outros.
CC
FEDERACAO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
AMNISTIA INTERNACIONAL
UNIAO EUROPEIA
UNIAO AFRICAVA
A Direcçao Nacional