sábado, 7 de janeiro de 2012

Primeiro-Ministro promete grandes obras de infra-estruturas e o crescimento económico


O primeiro Minicadogostro garantiu que 2012 será um ano para a execução de grandes obrasde infra-estruturas e o crescimento económico do país. Carlos Gomes Júnior, que esta quarta-feira, dia 4, se dirigia aos jornalistas para perspectivar o ano que agora começa, considerou que 2011 terminou da melhor maneira no desempenho macroeconómico, tendo ultrapassado todas as expectativas, com destaque para o perdão da dívida externa.
A ocasião serviu para ele anunciar que o Governo está a programar a realização de uma mesa redonda para discutir com os parceiros no quadro do DENARP II, lembrando que já foram aprovadas e anunciadas algumas grandes obras, como as estradas Buba-Catió e Farim-Mansôa, financiadas pelo BAD e BOAD, respectivamente, com um défice de cerca de dois biliões de francos e que será coberto no âmbito da parceria com a UEMOA.    
Outras obras previstas para este ano, segundo o chefe do Executivo, são a de construção de mais de 100 salas de aulas e latrinas no interior, bem como de edificação de mais liceus, nomeadamente em Canchungo e outros no Sul do país. Neste sentido, anunciou também que a República Popular da China vai começar, durante este 2012, a construção do Palácio da Cultura, permitindo aos artistas nacionais terem um espaço próprio para divulgação da cultura guineense.
No que diz respeito ao crescimento económico, Carlos Gomes Júnior lembrou da existência de vários projectos em curso, entre os quais a sensibilização dos empresários estrangeiros para virem “investir com certeza” na Guiné-Bissau. Adiantou que há ainda programas com Angola, designadamente sobre a exploração da bauxite e a construção do Porto de Buba, este último a poder empregar mais de três mil pessoas, assim como o Porto de Bandim, que será totalmente privatizado.
No domínio de agricultura, disse que neste momento encontram-se grupos de espanhóis que estão a trabalhar em Bafatá, no programa de Agro-Geba, tendo revelado as garantias do financiamento do BAD, da UEMOA e do BOAD para a recuperação de cerca de cinco hectares de bolanhas, como forma de dinamizar e incentivar a população a retomar o cultivo de arroz. Manifestou-se convencido que dentro de cinco anos a situação de importar toneladas de arroz vai ser ultrapassada.
Gomes Júnior afirmou que outra das preocupações do Governo tem a ver com a questão da reforma no sector da Defesa e Segurança, que vai começar a ser uma realidade a partir do próximo dia 23 de Janeiro. Mas não avançou com o número de militares e agentes de seguranças que vão iniciar estas reformas na data indicada.
Ainda sobre este assunto, anunciou que o país já recebeu apoios da parte de alguns parceiros, nomeadamente da CEDEAO, que contribui com cerca de 63 milhões de dólares, dos quais 23 milhões já foram transferidos para Bissau, faltando apenas a assinatura do memorando de entendimento entre o Executivo, a CPLP e a própria organização da sub-região para a operacionalidade da verba. Informou que o Governo também entrou com a sua parte, sendo que esse dinheiro já está locado no Fundo de Pensão, passando agora a programar a passagem da aposentação, programação essa fixada para cinco anos.  
Passado esse período, o Primeiro Ministro disse que vão ser criados mecanismos, através do Instituto Nacional de Previdência Social, para garantir a continuidade da reforma.  
Quanto ao narcotráfico, Carlos Gomes Júnior assegurou que “a cocaína não é droga de pobres” e que a Guiné-Bissau está a ser utilizada como trânsito para outros países. Por isso, disse que as autoridades nacionais modernizaram o Aeroporto de Bissau, entre outros, como forma de continuar a lutar contra este flagelo, até porque já têm acordos de cooperação com os EUA nesta matéria.

Ibraima Sori Baldé