sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012



              


serifo 1 2012



               MOVIMENTO DOS QUADROS E 
               ESTUDANTES DA GUINE BISSAU NO SENEGAL












                                                 Exmo. Senhor  Serifo Nhamadjo
                                               Presidente da Assembleia Nacional Popular em exercicio
                                                                                                                  


Dakar, 20/02/2012

ASSUNTO Apoio a candidatura a presidência da Guiné-Bissau

Excelência,

Após  uma profunda reflexão, um grupo de  jovens e quadros da Guine Bissau residentes em Senegal (Dakar) decidiu de uma forma  responsável  apoiar a sua candidatura. A presidência da republica. Com os seguintes fundamentos.

 Entendemos que a candidatura do  deputado e presidente em exercicio da assembleia nacional popular Senhor Manuel Serifo Nhamadjo, pode trazer futuro risonho e  positivo para o povo guineense por isso decidiu apoiar este homem de uma forma incondicional, porque  ele é capaz de levar avante o processo de reconciliação nacional e o desenvolvimento almejado .

 Porque, reconciliação para nós significa a paz, justiça e desenvolvimento em  geral. Para que isso concretize é preciso ter um homem muito flexível no ponto de vista politico, um homen calmo,um homen com brilhante carreira politica e um homen de partilha frente da nação, o povo guineense está cansado de assistir a politica de divisão, exclusão, clientelismo e maquiavelismo.  precisamos de  ter uma Guiné-Bissau unida, sem trbalismo e divisão, com base no diálogo e tolerância, rumo ao desenvolvimento sustentável.

E para finalizar, queremos exortar o povo Guineense, para votar em massa no candidato independente Manuel Serifo Nhamadjo, no dia 18 de março.


Coordenador
Avito Ferreira Lopes

Comunicado à Imprensa de Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH)


BARBARIDADE DOS NOSSOS MILITARES

HUMILHAÇÃO
COMUNICADO À IMPRENSA


A missão das forças armadas num estado de direito consiste basicamente na defesa da soberania e integridade territorial do país, dentro do estrito cumprimento da lei e dos princípios estruturantes da ordem democrática. Paradoxalmente, o seu funcionamento e as suas actuações na Guiné-Bissau têm sido caracterizados pelo uso abuso da força, a desobediência ao poder político e a quebra sistemática da cadeia de comando, factos que têm aumentado o seu descrédito por parte da população.

A Direcção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos, registou com bastante tristeza e preocupação os acontecimentos ocorridos ontem dia 20 do corrente mês, em que um grupo de militares a mando do Estado-maior General das Forças Armadas, espancou de forma humilhante os agentes da polícia de intervenção rápida em pleno exercício das suas funções de manutenção da ordem e tranquilidade pública. Esta acção dos militares constitui um acto deliberado da hierarquia castrense com os objectivos claros de perturbar o processo eleitoral instalando caos e medo generalizado no país. 

As imagens transmitidas pelos órgãos nacionais e estrangeiras sobre esta atitude cruel, desumano e antidemocrática de alguns elementos das forças armadas, espelham de forma inequívoca a verdadeira face de uma estrutura armada do estado que tem constituído nos últimos anos, um enorme obstáculo a paz e o progresso da Guiné-Bissau.
      
A LGDH considera repugnante, vergonhoso e inaceitável o acto perpetrado pelos militares numa clara violação de todas as normas e princípios que presidem à actuação das forças armadas que se reclama ser republicanas.

Face ao acima exposto, a Direcção Nacional da Liga delibera o seguinte:

1.      Condenar severamente esta acção criminosa dos militares, pondo em causa o relacionamento institucional entre as duas estruturas armadas do estado com consequências imprevisíveis;

2.      Responsabilizar mais uma vez, o Estado-Maior General das Forças Armadas pelo disfuncionamento da cadeia de comando e da disciplina na classe castrense instalando o medo no país.

3.      Exortar a Promotoria do Tribunal Militar no sentido de abrir um procedimento judicial e criminal contra os autores deste triste acto que afectou de forma lamentável, a imagem e a reputação do estado guineense;

4.      Apelar as Forças Armadas para se absterem de quaisquer actos que possam comprometer o processo eleitoral em curso;

5.      Exortar à todos os actores políticos no sentido de darem primazia neste momento sensível, aos interesses superiores da nação com vista a assegurar uma transição pacífica e a realização das eleições livres, justas e transparentes;

6.      Manifestar a sua solidariedade para com os agentes da Força de Intervenção Rápida vítimas da barbárie dos militares apelando-os a adequar as suas condutas com os ditames da lei.


Feito em Bissau, aos 21 dias do mês de Fevereiro de 2011,