sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Presidente de transição da Guiné-Bissau dá "boas-vindas" a Ramos-Horta


O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, desejou as boas-vindas a José Ramos-Horta, nomeado representante do secretário-geral das Nações Unidas no país, afirmando que são bem-vindos todos os que chegam para ajudar na saída da crise.

Num comício na localidade de Cassacá, no extremo sul da Guiné-Bissau, onde na quinta-feira iniciou a sua primeira "Presidência Aberta", para contacto com as populações do interior do país, Nhamadjo disse que o novo representante do secretário-geral da ONU "é uma pessoa que pode ajudar a Guiné-Bissau".
"Ramos-Horta, por ser uma pessoa que sempre trabalhou para a edificação da paz no mundo, é uma pessoa que julgamos tem todas as condições para ajudar a Guiné-Bissau a ultrapassar a crise em que se encontra. É bem-vindo ao nosso país", afirmou o Presidente guineense.
Serifo Nhamadjo lembrou as experiências que Ramos-Horta viveu enquanto responsável político em Timor-Leste e ainda o facto de ser um prémio Nobel da Paz para afirmar que a sua ajuda à Guiné-Bissau poderá ser efetiva.
"É uma pessoa que vem de um país que fala a mesma língua que nós. Todos aqueles que nos veem ajudar a sair desta crise são bem-vindos", acrescentou Serifo Nhamadjo.
No início do mês, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, nomeou José Ramos-Horta como seu novo representante na Guiné-Bissau, em substituição do ruandês Joseph Mutaboba, que terminou mandato a 31 de dezembro passado.
Sobre a sua primeira "Presidência Aberta", iniciativa no âmbito da qual deve visitar as oito regiões do país, Serifo Nhamadjo disse que pretende "auscultar as populações e lançar as suas ideias" sobre o processo de transição em curso.
O chefe de Estado diz que todos os guineenses se devem envolver para que a transição tenha êxitos para que, "rapidamente, o país possa regressar a normalidade constitucional".
A "Presidência Aberta" de Nhamadjo, iniciada a sul nas regiões de Quinara e Tombali, deverá prosseguir na próxima semana no leste, nas regiões de Bafatá e Gabu.
O Presidente de transição apelida estas visitas de "roteiro da reconciliação nacional".
A Guiné-Bissau vive um período de crise na sequência de um golpe de Estado que em abril do ano passado destituiu os governantes eleitos. O país está a ser gerido por um Governo de transição e um Presidente de transição, não reconhecidos pela maior parte da comunidade internacional.

Carnaval sob o lema da integração regional e valorização da diversidade


Carnaval na Guiné-Bissau | Foto Arquivo
Bissau (AngolaPress, 11 de Janeiro de 2013)–  O Carnaval, maior festa popular da Guiné-Bissau, decorrerá este ano entre 09 e 12 de Fevereiro sob o lema “Integração sub-regional e valorização da diversidade cultural”, disse o director-geral da Cultura, Manuel Taborda.
Citado pela Agência Noticiosa da Guiné (ANG), Manuel Taborda adiantou que além de concursos de máscaras entre grupos concorrentes, o Carnaval de 2013 terá como atractivo um concurso da gastronomia dos países da sub-região limítrofes à Guiné-Bissau.
No último dia do Carnaval, as comunidades residentes na Guiné-Bissau de países da sub-região vão ter a oportunidade de desfilar para apresentar as respectivas culturas, indicou ainda o director-geral da Cultura guineense.
“O país tem muitas prioridades nomeadamente nos sectores da Saúde e Educação, mas a Cultura deve merecer um pouco de atenção”, alertou Nelito Taborda para realçar a importância do sector sob sua responsabilidade.

GBISSAU

Deputados do circulo de Bolama-Bijagós querem maior segurança nas trajetórias com o continente


Bolama-Bijagós, Guiné-Bissau
Bissau (Rádio Difusão Nacioona-RDN, 11 de Janeiro de 2013) –  Os deputados eleitos do circulo de Bolama-Bijagós, manifestaram-se quinta-feira preocupados com os riscos que a ligação entre o arquipélago e o continente apresenta.
Este grupo de deputados teve um encontro com o Secretário de Estado dos Transportes e Telecomunicações, após o qual, José Saraiva, disse em nome dos colegas que a reunião com o governante permitiu saber do estado das obras de reparação em que estão os barcos que fazem a ligação entre as ilhas.
José Saraiva:
“A nossa mensagem é a seguinte: enquanto não houver navios para o transporte de passageiros, que as pessoas não viagem utilizando pirogas, e para que as autoridades encarregues de controlo marítima sejam mais responsáveis e controlem todos os embarques”.
O Serviço Nacional da Proteção Civil e Bombeiros, através do seu presidente Malam Djaurá, revelou em conferência de imprensa que o recente naufrágio da piroga Quínara 2, deveu-se ao não cumprimento das regras exigidas pela segurança marítima.
GBISSAU

PRT Manuel Serifo Nhamajo inicia presidência aberta ao interior do país


Bandeira da Guiné-Bissau
Bissau (Rádio Difusão Nacioona-RDN, 11 de Janeiro de 2013) –  O Presidente da República de transição (PRT), Manuel Serifo Nhamajo, procedeu esta quinta-feira, em Cassacá, no sul da Guiné Bissau, à abertura oficial do festival Malam Ka Muri (Malam estará sempre  entre nós).
O festival é da iniciativa de um grupo de camaradas e amigos, que decidiram dar continuidade à obra de Malam Bacai Sanhá, de promoção da paz e unidade nacional, tal que o sonhava o falecido Presidente.
Esta presença do chefe de Nhamajo no festival a decorrer na vila de Cassacá, marca assim o arranque de uma presidência aberta que o próprio anunciou no seu discurso de final de ano transacto, numa espécie de roteiro-de-reconciliação, que intitulou reencontro da família guineense.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Oitavo Congresso do PAIGC adiado “Sine Die”


PAIGC
 O oitavo congresso ordinário do PAIGC, principal partido da Guiné-Bissau, que devia realizar-se de 16 a 20 de Janeiro de 2013, foi adiado para nova data, a ser marcada no próximo fim de semana, anunciou hoje, quarta-feira, o partido em comunicado, citado pela LUSA.
O Comité Central do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) deve reunir-se entre quinta-feira e domingo para escolher uma nova data do Congresso, quando será eleita a nova liderança do partido.
A reunião, em Bissau, deverá também analisar o relatório do conselho de jurisdição do partido sobre as sanções disciplinares de um conjunto de militantes e dirigentes em litígio com a atual direcção.
Vários dirigentes do PAIGC estão suspensos do partido, entre os quais o actual Presidente da República de transição, Serifo Nhamadjo, acusados de terem desrespeitado as orientações do partido nas últimas eleições presidenciais antecipadas.
Serifo Nhamajo, que acabou por ser Presidente de transição na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril de 2013, apresentou-se como candidato independente às eleições contra a vontade da direção do PAIGC, que apoiou Carlos Gomes Júnior, até aqui presidente do partido.
Na altura do golpe de Estado, Carlos Gomes Júnior era primeiro-ministro. Desde 12 de Abril que está a viver em Portugal, desconhecendo-se se estará presente no congresso, embora tenha apresentado, por carta, a recandidatura à liderança do partido.
Tanto Serifo Nhamajo, como os que o apoiaram nas eleições presidenciais contra o candidato oficial do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, estão sob a alçada disciplinar do partido.
Fontes do PAIGC admitiram à agência Lusa que “há uma forte tendência” para a anulação de sanções a vários dirigentes, dada a necessidade de unir o partido, na perspetiva das eleições gerais previtas para Abril deste ano.
O próprio comunicado do adiamento da data do congresso e da convocação da reunião do Comité Central salienta que o partido pretende a reconciliação de militantes e dirigentes.
“A comissão permanente do ‘bureau’ político defende a necessidade do ressurgimento de um PAIGC unido, reconciliado e preparado para assumir os grandes desafios políticos que se avizinham”, lê-se no comunicado.
LUSA

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Angola garante apoio a Ramos-Horta para ajudar Guiné-Bissau a encontrar paz e estabilidade


A garantia foi expressa em Luanda pelo chefe da diplomacia angolana, Georges Chicoti, que falou à margem da II Reunião de Embaixadores de Angola, que hoje se iniciou na capital.
O antigo Presidente de Timor-Leste e Nobel da Paz, José Ramos-Horta, foi nomeado no início deste mês representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, onde deverá chegar em breve.
Ramos-Horta vai substituir o diplomata ruandês Joseph Mutaboba, que terminou o mandato no dia 31 de dezembro de 2012.
"Ramos-Horta tem referências bastante sólidas em matéria de resolver esse tipo de problemas, particularmente essa crise em que a Guiné-Bissau se encontra", disse o ministro angolano.
Georges Chicoti destacou ainda o consenso na Guiné-Bissau na importância da nomeação do ex-Presidente timorense.
"(As partes guineenses) veem nele, eventualmente, um veículo capaz de poder conduzir os guineenses a um consenso neste período de transição", frisou.
"Angola, juntamente com a comunidade internacional, estará ao seu lado para apoiá-lo naquilo que nos for solicitado. Portanto, nós vemos isso com bons olhos e encorajamos que ele possa ajudar os guineenses a encontrar o caminho certo para a paz e estabilidade", concluiu.
A II Reunião de Embaixadores, que termina na sexta-feira, visa projetar as linhas mestras para as ações da diplomacia angolana em 2013.
EL (MB) // VM.
Lusa/Fim

PRT participa no “Festival Malam Ka Murri” na vila de Cassacá


Manuel Serifo Nhamadjo, PRT da Guiné-Bissau | Foto Arquivo
Bissau (Rádio Difusão Nacional-RDN, 8 de Janeiro de 2013) – O Presidente da República de Transição vai estar esta quarta-feira na vila de Cassacá, no sul da Guiné Bissau.
Manuel Serifo Nhamajo vai participas no “Festival Malam Ka Murri” a ter lugar naquela localidade, em homenagem ao falecido Presidente, considerado pelos muitos como um “obreiro da paz e da unidade nacional”.
O festival foi lançado por alguns camaradas e amigos em honra a Bacai Sanhá, tido como símbolo de unidade nacional.
Durante a deslocação, Nhamajo fará parágens em localidades como Quebo, Mampata-Fórea, Sangonhã e Cacine.

Com esta visita, o PRT dá por início a chamada “presidência aberta” anunciada no final de 2012 para contactos directos com as populações no quadro de um roteiro de reconciliação.

“Actual situação confrontada pelos guineenses é da culpa de políticos” – líder do PRS, Alberto Nambeia


Alberto Nambeia, novo líder do PRS
Bissau (Rádio Sol Mansi-RSM, 8 de Janeiro de 2013) – “A actual situação em que os guineenses se encontram é de culpa de políticos e os problemas do país devem ser resolvidos por guineenses”.
Esta afirmação foi feita ontem, terça-feira, pelo líder do PRS, Alberto Nambeia, após um encontro tido com o PAIGC para a troca de ideias sobre a situação política atual no país.
“Convocamos este encontro com partidos políticos por entendermos ser bom que peçamos desculpa ao povo da Guiné Bissau por tudo quanto tem acontecido até a esta parte”, afirmou.
“É momento para que os partidos políticos se sintam e pensem, para que pensemos a Guiné. Por que já basta tudo o que tem sucedido no país. Convocamos o presente encontro para ouvirmos dos partidos políticos qual é o melhor caminho que devemos seguir para a resolução dos problemas deste país. É o que estamos fazendo”, adiantou.
“O encontro será extensivo à Sociedade Civil, à todos os atores políticos – temos que nos sentar e pensar a Guiné… Não virá ninguém de fora para nos ajudar a resolver o nosso problema, se nós mesmo não nos entendemos”, acrescentou Nambeia.
A falar em nome do PAIGC, Augusto Olivais falou dos pontos fundamentais que podem tirar o país das suas crises cíclicas.
“Hoje, o país está bloqueado, nós temos a consciência disso. O país está-se a aprofundar. Cabe-nos a nós, aliás, não só o PRS e o PAIGC, mas cabe-nos à nós classe política guineense procurarmos uma saida para o bem deste povo, para o bem dos nossos filhos”, pensou.
“Não, o país vai sair deste seu marasmo, se trabalharmos ao nível da ANP, que é o órgão representativo do povo, e vamos encontrar uma saida. Não é preciso uma violência para encontramos uma saida”, adiantou o secretário-geral do PAIGC.

GBISSAU

Maior partido da oposição procura consensos para tirar país da crise


Partido da Renovação Social (PRS), Guiné-Bissau
Bissau (Lusa, 08 de Janeiro de 2013) – A nova direcção do Partido da Renovação Social (PRS), principal partido da oposição na Guiné-Bissau, reuniu-se ontem, terça-feira, com dirigentes das quatro formações políticas com assento parlamentar em busca de consensos para o país.
Segundo o novo secretário-geral do PRS, Florentino Pereira, a nova direcção do partido, eleita no último congresso realizado em Dezembro, pretende “construir pontes de entendimentos” no país, começando pela auscultação aos diferentes partidos.
Em audiências separadas num hotel de Bissau, a nova direcção do PRS, encabeçada por Alberto Nambeia, reuniu-se com as delegações do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), da Aliança Democrática (AD) e do Partido da Nova Democracia (PND).
“O PRS quer criar um espaço de diálogo. O país até aqui viveu momentos difíceis e estamos num momento especial em que é preciso encontrarmos uma solução para a crise que assola o país”, defendeu o secretário-geral dos renovadores guineenses.
Em nome do PAIGC, Augusto Olivais, secretário nacional do principal partido no parlamento da Guiné-Bissau, considerou o encontro de “frutífero”, porque, notou, permitiu que dois partidos pensem o país.
“Hoje o país está bloqueado. Sessenta por cento do Orçamento Geral do Estado do nosso país é financiado pelo exterior. O país está a afundar-se.
Cabe-nos a nós, da classe politica, procurarmos as saídas para o bem do país”, destacou Augusto Olivais, esperando “uma saída airosa” dos guineenses para os problemas do país.
Vítor Mandinga, líder da Aliança Democrática sublinhou que o país “há muito que precisava de encontros do género”, e Afonso Té, novo presidente do PRID, considerou de “salutar” a iniciativa da nova direção do PRS.
A Guiné-Bissau vive um período de transição na sequência de um golpe de Estado em Abril de 2012, que depôs os dirigentes eleitos. A maior parte da comunidade internacional não reconhece os dirigentes de transição e cancelou todos os apoios.

PND anuncia disponibilidade para assinar pacto de transição e acordo político


Bissau (Rádio Difusão Nacional-RDN, 8 de Janeiro de 2013) – O Partido da Nova Democracia (PND) anunciou em comunicado a sua disponibilidade em assinar o pacto de transição e o acordo político que gerem a vida política atual do país após o 12 de abril último.
No comunicado, endereçado segunda-feira aos militantes, simpatizantes e à comunidade internacional, o PND disse estar pronto a assinar os dois documentos pelos superiores interesses do país e do povo guineense, e no intuito de contribuir nos esforços que visam o retorno à normalidade constitucional.
O Partido da Nova Democracia é liderado por Mamadu Iaia Djaló.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O governo de transição nomeou Odete Semedo como a Reitora da universidade Amilcar Cabral UAC


Felipe Benicio Namada Empossado esta segunda -feira em Bissau para o cargo de vice-reitor da Universidade Amílcar Cabral.
A ocasião serviu para o Ministro da Educação, Vicente Pungura, apelar o diálogo como a forma de ultrapassar os problemas. O ministro recomendou ainda aos recém empossados no sentido de trabalhar para a qualidade de formação na universidade Amílcar Cabral, ao director geral de cantinas escolares também empossado na mesma ocasião, Vicente Pungura pediu luta sem tréguas contra a venda dos géneros alimentícios.
A Universidade Amílcar Cabral foi inaugurada em 13 de Novembro de 2003 e foi cedido a Universidade Lusófona pelo Governo da Guiné-Bissau a 2 de Novembro de 2008 por um período de 3 anos.
Agora com a perspectiva de reabrir o governo de transição nomeou Odete Semedo como a Reitora e agora empossado Benicio Namada como o Vice-reitor

RSM

Funcionários da Rádio Mavegro reagem com indignação ao fecho da estação


Empresa Mavegro
Bissau (Colectivo de Funcionários da Rádio Mavegro, 08 de Dezembro de 2013) – O Colectivo de Funcionários da Rádio Mavegro, vem por este meio, tornar público os reais motivos do fecho da estação e aproveitar a ocasião para manifestar a sua indignação e perplexidade em relação às falsidades enunciadas no comunicado do fecho da Rádio Mavegro, escrito e assinado pelo proprietário da Rádio Mavegro e não pelo Director desta, como consta em alguns blogues.
Todos nós fomos surpreendidos com a decisão repentina do fecho da estação pelo dono Sr. Jan Van Maanen, no dia 2 de Janeiro, quando o nosso actual responsável Mamadu Cissé, foi chamado pelo telefone no mesmo dia para uma reunião, na qual deram-lhe uma carta para assinar, tendo ele recusado, alegando desconhecer dos motivos evocados na referida carta.
De imediato foi-lhe retirada a chave da estação e obrigado a desligar as emissões da Rádio. Todos esses factos, foram antecedidos de uma troca de cartas entre o colectivo de funcionários e a administração da empresa Mavegro.
No que concerne aos “voluntários”, informamos que a Rádio Mavegro não funciona com voluntários, mas sim com funcionários que têm direitos e obrigações legais, tendo também estagiários como qualquer outra estação.
Ainda informamos que até hoje não recebemos salário do mês de Dezembro, quanto mais as nossas devidas indemnizações legais. Sendo assim e obrigados ao desemprego sem aviso prévio e sem justa causa, o Colectivo decide levar a sua luta pela via legal, deixando agora tudo na mão de Inspecção-Geral de Trabalho.
Obs.: Aguardamos a orientação do advogado para fornecer à imprensa todas as cartas envolvidas nesta polémica.
Assinado pelo responsável do Colectivo,
Casimiro Malú  

GBISSAU

“Chineses abatem árvores na região de Tombali” – ONG guineense, AD


Bissau (GBissau.com, 8 de Janeiro de 2013) – “Com total impunidade, uma empresa chinesa percorre sistematicamente as matas na periferia e no Parque Nacional de Cantanhez, abatendo indiscriminadamente espécies florestais, algumas delas raras, para as exportar sob a forma de toros, o que também é ilegal.” Esta foi uma das acusações lançadas pela Organização Não-governamental guineense, Acção para o Desenvolvimento (AD), numa nota enviada à GBissau.com.
A exploração florestal por parte dessa suposta empresa chinesa é vista como “absolutamente escandaloso” pela AD e requer uma solidariedade, porque aquela zona “corre o risco de ser destruída, se não houver uma oposição nacional e internacional que impeça esta selvajaria”.
A nota da AD indica de que a população de Colbuiá, no sector de Quebo já tomou a sua iniciativa, mas perante “a indiferença e desinteresse dos serviços florestais [locais], levantou-se em pé de guerra contra este atentado e roubo dos seus recursos ambientais”.
Entre outras acções levadas a cabo pela população local figuram-se a apreensão e a arrecadação da madeira cortada, indica a mesma nota. Com esta atitude, sublinha a AD, “a população revoltada opõe-se a este escândalo, impedindo os chineses de prosseguirem este crime ambiental”. Enquanto isto, adianta a AD, uma boa parte da madeira apreendida continua espalhada nas matas de Colbuiá.
A GBissau.com não está em condições de contactar a referida empresa, muito menos informar-se sobre a existência ou não de alguma autorização ou licença de exploração por parte da mesma. Todavia, a zona do Parque Nacional de Cantanhez é uma area ambiental protegida.
Nota do Editor: As fotos e as legendas são da autoria da Acção para o Desenvolvimento (AD).

domingo, 6 de janeiro de 2013

Nando Vaz manda prender


A Liga Guineense dos Direitos Humanos acusou hoje o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Vaz, de ter mandado prender um jovem, por suspeitar que ele lhe terá roubado cerca de 30 mil euros. Em conferência de imprensa, o presidente da Liga dos Direitos Humanos em Bissau, Edmar Nhaga, afirmou que o jovem, menor de idade, está detido na segunda esquadra da capital desde 28 de dezembro, sem qualquer acusação judicial formada. Confrontado com esta acusação, o ministro disse que nada teve a ver com a ordem de detenção do jovem. “Estava de viagem quando tudo aconteceu, não dei ordens nenhumas para a detenção do rapaz. Apenas posso dizer que fui vítima de um roubo de dinheiro que é meu”.

No entanto, Edmar Nhaga insistiu na responsabilidade do ministro, considerando que o também porta-voz do Governo de transição não pode “de maneira alguma mandar deter um cidadão”. O responsável revelou ainda que pediu ao ministro para entregar o caso à Polícia Judiciária, algo que o governante recusou. Presentes na conferência de imprensa estavam os familiares do jovem detido, que disseram aos jornalistas que o menor tem problemas de saúde e que iriam responsabilizar Fernando Vaz por tudo o que possa vir a acontecer ao menor.

O governante disse à Lusa que recusou dar ordem para libertar o jovem, apesar do pedido da liga. “Fui vítima de um roubo na minha própria casa, porque haveria de aceitar desistir do caso só com receio de o assunto não ser falado na imprensa?”, questionou Fernando Vaz, frisando não compreender a posição do presidente da Liga dos Direitos Humanos. “Quer-me parecer que a Liga, neste caso, está a proteger um ladrão e não um cidadão que foi roubado”, sublinhou Fernando Vaz, que espera ver o caso resolvido a bem e o dinheiro recuperado. 

LUSA