segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PRT preside cerimónia de abertura do 1º congresso ordinário do MNSC (Movimento Nacional da Sociedade Civil)


  • “…A minha função como presidente de transição é de um bom bombeiro. Mas, posso dizer-vos que é um bombeiro que tem um cisterna de água a meio gás. Falta-nos a água para apagarmos o fogo. Eu quero contar convosco, para que ajudem com baldes de água a fim de apagarmos o fogo aceso na Guiné Bissau”
Manuel-Serifo-Nhamajo-Presidente-da-República-de-Transição-da-Guiné-Bissau-e1351839190542
BISSAU (PIO, 26 de Novembro de 2012) - O PRT Aladje Manuel Serifo Nhamadjo presidiu a cerimónia de abertura do primeiro congresso ordinário do Movimento Nacional da Sociedade Civil (MNSC) decorrida domingo nas instalações do IBAP em Bissau.
No ato, a que foi acompanhado pela primeira Dama e pela presidente da Casa Civil da Presidência da República, Adja Satú Camará, Nhamadjo, num improviso de mais de 26 minutos, afirmou: “Ilustres congressistas, eu quero dizer-vos que fazer o papel de um membro da sociedade civil é um desafio grande. É preciso ter a coragem, é preciso ser determinado uma vez que a incompreensão é grande demais”.
“Noutros setores, é dito que o Movimento nacional da sociedade civil é uma organização política, devido a nossa incompreensão, nossa impaciência e nossa intolerância. Se formos criticados é porque aquele outro não presta para nada, se nos for dada uma opinião contrária tornámos-nos radicais e se formos gabados, dissemos que aquele é o melhor. Esta compreensão existe. Mas, a sociedade civil, tal que disse o seu presidente senhor Jorge Gomes, conseguiu o seu espaço e tem-se afirmado todos os dias como uma força, posto que todas as sociedades organizadas precisam de uma força. Cada um de nós tem a sua maneira de pensar, de viver e cada um de nós tem o seu contributo a dar a sociedade. Eu gostava também que a sociedade civil conseguisse congregar todas as sensibilidades e todos os tipos de organizações não obstante os dificuldades existentes, das incompreensões existentes. Mas tudo isso vai-se passar, nós temos que ter essa fê”, sublinhou.
Serifo Nhamadjo lembrou que alguém lhe dissera um dia que não existe algo de quente que não se esfria. “Isso é verdade. A incompreensão existente no quadro da sociedade civil existe também na sociedade política, na sociedade castrense, nas sociedades religiosas, portanto, ela existe em toda a parte. Que ninguém se iluda de que é capaz de juntar o acordo de 100% das pessoas. Tem de haver sempre quem tente desacreditar. Essas pessoas que nos desacreditam são as que nos motivam a continuar o nosso trabalho até as convencermos que estamos no bom caminho. Ai daquele que se sinta satisfetito a que todos se convirjam nele”, observou.
“A Guiné Bissau, hoje, precisa de reencontrar-se mais do que nunca. A minha função como presidente de transição é de um bom bombeiro. Mas, posso dizer-vos que é um bombeiro que tem um cisterna de água a meio gás. Falta-nos a água para apagarmos o fogo. Eu quero contar convosco, para que ajudem com baldes de água a fim de apagarmos o fogo aceso na Guiné Bissau”, implorou ele.
A este primeiro congresso do MNSC, que Nhamadjo descreveu como organização que congrega várias organizações sociais que veio para ficar, participam 130 delegados vindos de todos os cantos do país.
Enfim, cessado o mandato do presidente Jorge Gomes, e não havendo nenhum outro candidato a presidência do movimento, os congressistas vão indubitavelmente ter que reconduzir o presidente cessante.GBISSAU

Sem comentários:

Enviar um comentário