quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Guiné-Bissau progride cada vez mais na economia mundial

O mais recente relatório do Banco Mundial sobre a melhoria do ambiente de negócios em 183 países vai ser apresentado na capital guineense na próxima sexta-feira, dia 18 de Novembro, num atelié, em que serão ainda divulgadas as conclusões sobre o ambiente de negócios na Guiné-Bissau.
O evento servirá ainda para dar conta do Memorando da Guiné-Bissau, que contém a estratégia de intervenção do BM no país nos próximos anos.
A Guiné-Bissau progrediu cinco lugares na classificação mundial que avalia as economias que mais implementaram reformas no seu ambiente de negócio entre 2010-2011, passando de 181º em 2011, para 176º em 2012. Os indicadores de avaliação em que o país obteve bons resultados foram nos procedimentos para a abertura de empresas e nos direitos legais para obtenção de crédito.
Num relatório do IFC (Sociedade Financeira Internacional), do Grupo Banco Mundial, publicado oficialmente em 19 de Outubro último, indica-se que a Guiné-Bissau tornou mais fácil a abertura de empresas e fortaleceu o acesso ao crédito através da implementação de alterações previstas nos atos uniformes da OHADA (Organização para a Harmonização em África do Direito de Negócios). As alterações no Ato Uniforme relativo ao Direito Comercial Geral substituíram a exigência de uma cópia do registo criminal dos fundadores da empresa por uma declaração autenticada realizada no momento do registo da empresa. As alterações no Ato Uniforme referentes às garantias mobiliárias ampliaram o número de ativos que podem ser usados como garantia (incluindo ativos futuro), ampliou os direitos dos credores com garantias sobre os créditos oriundos da liquidação do ativo e introduziu a possibilidade de execução extrajudicial.
Denominado «Doing Business 2012: Fazendo negócios num mundo mais transparente», o relatório analisa regulamentos que afetam as empresas nacionais em 183 economias e as classifica em dez áreas, tais como a resolução de insolvência e comércio entre fronteiras. Os dados do relatório deste ano analisam os regulamentos a partir de Junho de 2010 até Maio de 2011. A partir de agora os critérios de classificação da facilidade de fazer negócios passam a  incluir o indicador ‘Obtenção de Electricidade’.
A posição da economia guineense vai certamente dar um novo pulo, uma vez que após a criação do Centro de Formalizações de Empresas (CFE), em finais de Maio passado, que agilizou e tornou mais barato a criação e registo de empresas e outras actividades conexas, foram aprovadas novas disposições legais facilitadoras das iniciativas dos agentes económicos privados nacionais e estrangeiros, com vista a estimular e garantir o investimento e a promover a infra-estruturação do país.
Entre estas medidas figura o saneamento das finanças pública e a revisão do Código de Investimento, que se tornou mais incitativo e mais próximo dos padrões da sub-região. Outra reforma importante foi a adopção do decreto-lei de simplificação de licenças e de alvarás para o início, suspensão e encerramento de actividades nos domínios do comércio, indústria e turismo. Também entrou em vigor a Lei da Parceria Público-Privada.
As reformas em curso no sector de energia e água, nomeadamente a reestruturação da empresa pública de Electricidade e Água da Guiné-Bissau, conduzirão certamente ao reforço da capacidade de produção de energia e de armazenamento de água na capital em 2012, com impacto positivo na área dos negócios.

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