domingo, 4 de dezembro de 2011

Presidente da República recebe Relatório da Comissão Organizadora



Conferência Nacional para a Consolidação da Paz marcada para Janeiro próximo
A Conferência Nacional “Caminhos para a Consolidação da Paz e Desenvolvimento” está prevista para os dias 14 e 18 de Janeiro de 2012. O anúncio foi feito no passado dia 17 deste mês pelo
presidente da comissão organizadora do evento, António Serifo Nhamadjo, à saída de um encontro com o Presidente da República, a quem já foi entregue o relatório dos trabalhos.
A reunião foi assistida pelo presidente da Assembleia Nacional Popular, Raimundo Pereira, pelo Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Júnior, pela presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maria do Céu Silva Monteiro e por algumas entidades religiosas e representantes dos organismos internacionais acreditados no país, nomeadamente a ONU, o UNIOGBIS, o PNUD, União Europeia, a União Africana, a CEDEAO e a UEMOA. 
Na ocasião, o relatório foi apreciado e a data da realização desta esperada conferência foi marcada para Janeiro ao contrário de Dezembro, como tinha sido anteriormente previsto. 
A Saída da reunião, o Primeiro-Ministro afirmou que teve oportunidades de ouvir o relatório apresentado assim como os parceiros do Governo, nomeadamente as Nações Unidas e a União Europeia, na possibilidade de apoiarem a comissão para concluir os trabalhos. 
Questionado se o Executivo está disposto a apoiar financeiramente esta iniciativa, Carlos Gomes Júnior revelou que este trabalho é da preocupação do seu Governo, até porque este está interessado para que os trabalhos sejam concluídos a nível da diáspora e doutras regiões do país.
Gomes Júnior qualificou o documento de excelente e o mesmo foi louvado não só pelas autoridades nacionais, mas também pelos parceiros de desenvolvimento. 
Segundo ele, a conferência nacional servirá para que os guineenses possam discutir os problemas que têm travado as suas vidas e os conflitos cíclicos que têm assolado o progresso da Guiné-Bissau. 
Por seu lado, o presidente da comissão organizadora da Conferência Nacional “Caminhos para a Consolidação da Paz e Desenvolvimento” afirmou que, durante dois anos de trabalhos que culminou com a apreciação do relatório que devia ser entregue há muito tempo, não foi possível por razão não desejada. 
Serifo Nhamadjo aproveitou a ocasião para lançar apelo às entidades nacionais e internacionais no sentido de se envolverem na angariação de fundos a fim de fazer com que este processo seja uma realidade. 
Sobre a não participação do Partido da Renovação Social (PRS) neste processo de reconciliação nacional, Nhamadjo disse que há uma necessidade de todas as forças vivas deste país participarem neste processo, lembrando que o PRS participou sempre e no início dava a sua contribuição. Prometeu que vai falar com a direcção superior dos renovadores, porque esta ideia é nacional onde se deve incluir toda a gente. 
Por seu turno, o Bispo de Bissau também manifestou a sua alegria e da Igreja Católica, considerando que “há uma vontade de os guineenses terem um percurso que possa conduzir a uma verdadeira reconciliação e a paz definitiva”. José Camnaté Na Bissing justificou que essa vontade foi manifestada pelo Parlamento, assumido pelo Presidente da República e pelo Governo. 
A seu ver, a data já fixada vai exigir a preparação e envolvimento de toda a população em geral, independentemente das suas convicções políticas, porque é um sinal positivo. Pediu aos guineenses para se empenharem nesta caminhada e que cada pessoa seja sincera consigo mesma. 
José Camnaté Na Bissing chamou a atenção que este processo não deve ser superficial para os crentes, “porque isto toca nas consciências e corações dos guineenses, cada um antes de dizer aos outros os males que fizeram ou reconhecer publicamente os seus erros, que faça os esforços para um arrependimento mais profundo e que o leva a uma conversação de vontade autêntica, firmeza de mudança de atitudes e comportamentos para que as verdadeiras causas dos nossos males possam desaparecer, em primeiro lugar, nos nossos corações, na vida social, familiar, na concretização das nossas responsabilidades, nos nossos actos e comportamentos.




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