sexta-feira, 15 de março de 2013

Guiné-Bissau: Simões Pereira esclarece rumores sobre o caso de 21 de Outubro


Bissau - Domingos Simões Pereira, candidato à Presidência do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), esclareceu, esta quinta-feira, 14 de Março, que a filosofia de todo o tipo de golpes de Estado na Guiné-Bissau não faz parte da sua vida, numa referência à sua alegada participação política no caso de 21 de Outubro.
Falando durante a cerimónia de lançamento da campanha à sua candidatura, Domingos Simões Pereira disse estar tranquilo e pediu calma aos sues apoiantes.

«Sei que muitos de vós vieram cá um pouco preocupados com ruídos que passam sobre a minha pessoa. Golpes não fazem parte da minha filosofia de vida», referiu o candidato, classificando este comportamento, ao qual aplicou a fórmula já conhecida, «Cakris na kabas», ou seja, mariscos numa cabaça que não conseguem subir e sair do fundo.

Por outro lado, destacou que apenas depende da sua consciência e das leis em vigor na Guiné-Bissau, tendo referido que não responde a interesses estranhos.

Em relação ao PAIGC, Domingos Simões Pereira disse haver necessidade de união no seio do partido porque não existe PAIGC de muçulmanos nem de cristãos, tendo adiantado também o princípio de união entre os guineenses em torno da bandeira nacional.

«Existe um só PAIGC de Amílcar Cabral que muitos de vós ajudaram a construir e que temos a oportunidade de saudar e seguir, apenas o que devemos fazer depende entre nós», disse Domingos Simões Pereira.

Em relação a cenas de violência, o candidato disse que não faz sentido a eliminação física de outras pessoas apenas porque alguém entende que deve fazê-lo para conquistar a sua liberdade.

O ex-Secretário Executivo da CPLP disse acreditar nas liberdades que fizeram os outros países, numa Guiné-Bissau com boas escolas, industrialização, saúde e energia.

«A paz e o desenvolvimento chegam aos povos que fazem boas escolhas», referiu Domingos Simões Pereira, citando uma das passagens do Presidente dos Estados Unidos de América na última Assembleia Geral das Nações Unidas.

O candidato à liderança do PAIGC disse que a falta de capacidade de diálogo interno entre os guineenses prende-se com a falta de melhoramento da capacidade de cada pessoa e condenou categoricamente as mortes das mulheres nas maternidades, referindo que a paz se consegue, comprometendo-se com a justiça.

PNN

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