|
|
A melhoria do ambiente de negócios resultante das reformas da gestão
pública e da relativa estabilidapolítica está a despertar o interesse
dos investidores.
Em
meados de Setembro último, a Federação Empresarial de Singapura
convidou organismos públicos e privados guineenses para uma reunião em
Dacar, no Senegal, sobre negócios e investimentos com parceiros da
África Ocidental.
Nesse
encontro, a comitiva da Guiné-Bissau avistou-se com a companhia OLAM,
um dos gigantes mundiais da agro-indústria e do comércio de produtos
tropicais e alimentos, que tenciona instalar no país uma unidade de
processamento de pelo menos 30 mil toneladas de castanha de caju, e
investir cerca de 50 milhões de dólares na produção de arroz. Esta
iniciativa encaixa perfeitamente no programa do Governo de promoção da
industrialização do caju, devido ao acréscimo de mais valia que se obtém
com a exportação da castanha já transformada, ao invés da sua venda em
bruto, como vem acontecendo todos estes anos. A presença da OLAM, que
abandonou o país há cinco anos devido a um diferendo com o fisco e com
um sector do empresariado local, poderá arrastar outros actores,
nomeadamente os indianos, que são os principais compradores do caju
guineense, reputado de excelente qualidade. Tanto mais que outros
concorrentes se perfilam, caso dos chineses. A produção do arroz, para
garantir a autosuficência e a segurança alimentar e economizar divisas
gastas com a importação do cereal, também é uma prioridade nacional. A
cultura intensiva do arroz, o maior produto de consumo na Guinér-Bissau,
é também o sector onde um grupo de empresários catalães investe há dois
anos, no vale do Rio Geba, na Região de Bafatá, no leste do país, e com
óptimos resultados. O próprio Governo obteve em Agosto financiamento
para iniciar em 2012 um projecto de semelhante, que graças à irrigação,
permitirá produzir arroz tanto na época das chuvas como no período seco.
Sem comentários:
Enviar um comentário