sábado, 12 de novembro de 2011

GUINÉ-BISSAU: INVESTIDORES BATEM À PORTA




      
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A melhoria do ambiente de negócios resultante das reformas da gestão pública e da relativa estabilidapolítica está a despertar o interesse dos investidores.
Em meados de Setembro último, a Federação Empresarial de Singapura convidou organismos públicos e privados guineenses para uma reunião em Dacar, no Senegal, sobre negócios e investimentos com parceiros da África Ocidental.
 Nesse encontro, a comitiva da Guiné-Bissau avistou-se com a companhia OLAM, um dos gigantes mundiais da agro-indústria e do comércio de produtos tropicais e alimentos, que tenciona instalar no país uma unidade de processamento de pelo menos 30 mil toneladas de castanha de caju, e investir cerca de 50 milhões de dólares na produção de arroz. Esta iniciativa encaixa perfeitamente no programa do Governo de promoção da industrialização do caju, devido ao acréscimo de mais valia que se obtém com a exportação da castanha já transformada, ao invés da sua venda em bruto, como vem acontecendo todos estes anos. A presença da OLAM, que abandonou o país há cinco anos devido a um diferendo com o fisco e com um sector do empresariado local, poderá arrastar outros actores, nomeadamente os indianos, que são os principais compradores do caju guineense, reputado de excelente qualidade. Tanto mais que outros concorrentes se perfilam, caso dos chineses. A produção do arroz, para garantir a autosuficência e a segurança alimentar e economizar divisas gastas com a importação do cereal, também é uma prioridade nacional. A cultura intensiva do arroz, o maior produto de consumo na Guinér-Bissau, é também o sector onde um grupo de empresários catalães investe há dois anos, no vale do Rio Geba, na Região de Bafatá, no leste do país, e com óptimos resultados. O próprio Governo obteve em Agosto financiamento para iniciar em 2012 um projecto de semelhante, que graças à irrigação, permitirá produzir arroz tanto na época das chuvas como no período seco. 

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